🍼02🍁

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Boa leitura 🙃

_______ Capítulo 2 _______

Sentiu algo o lamber... ou melhor alguém.

Acordou em um pulo quase batendo a cabeça no teto de plástico, soltando um gritinho, que visto por si não foi nada adulto. Estava assustado, e se fosse aquele homem?

Olhou para frente em pânico, vendo um ser peludo, que se coçava com as patinhas traseiras. A pelagem cinza e branca davam contraste para os olhos azuis.

O cachorro que o lambeu abanava a cauda, além de babar em excesso em cima da roupa de Alex. Cachorros babam demais.

Ugh!

Saaaaiii! – reclamou o garoto enquanto se encolhia e dava risada.

Uma risada tão fofa.

Como uma criança.

Aquela risada tão delicada, que parece que nada pode deixar os pequenos abalados.

Mas no fundo sabemos que isso não poderia ser verdade com o garoto, Alex.

O totó, como nomeou, não tinha coleira, era peludinho, parecia um lobo, mas pequeno demais para ser um.

–Você é um bebê? – perguntou curiosamente enquanto acariciava o cachorrinho.

Totó, tão fofinho, a pelagem era tão gostosa de passar a mão. E se estivesse sozinho no mundo como Alex? O peludo mordiscava levemente sua mão, enquanto o garoto encontrava os pontos fracos para poder fazer cócegas.

Os dois estavam escondidos dentro do escorregador de plástico. Alex, por ser maior não tinha muito espaço para se mexer, logo teria que sair dali. Mas bem... ainda era cedo. Estava frio, muito frio. Não haviam crianças ali por esse horário, estavam todas na escola. Ou pelo menos espera que estejam.

Queria saber ler as coisas que passavam nos telões dos prédios, eram brilhantes e coloridos, tantas escritas. Muitos que passavam por eles comentavam sobre o clima ou horário.

☁️É isso que mostra nos telões?
Que horas são?
Qual a temperatura? Pera... O que é isso? Uma palavra tão estranha, mas que sempre ouvi falar. Sempre me disseram que temperatura é uma forma de medir o calor, ou é o frio?

O estômago de Alex começou a roncar, a tontura tomou conta de sua cabeça. Se apoiou no fundo do escorregador enquanto seu companheiro cheio de pelos deitava ao lado de seu torso.

– Temos que arranjar algo pra comer Totó. Quer vir comigo? – perguntou ao novo amigo, que apenas levantou as orelinhas e começou a abanar o rabo. – Aqui logo vai tá cheio de crianças correndo e gritando, vamos sair daqui.

Se arrastou para fora do brinquedo, quase tropeçando nos próprios pés, quando Totó se enrolou neles, ao começarem a caminhar.

– To indo, espera aí – riu o pequeno ao ver o cachorro correndo na frente.

Depois de alguns minutos de trombadas e pisadas nos pés de Alex, por parte de pessoas desconhecidas que andavam com pressa e nem o notavam, finalmente chegaram perto de um beco, ao lado de um restaurante, para se alimentar.

As vezes algumas pessoas deixam os pães ou outras comidas na janela do estabelecimento para esfriar mais rápido, quem sabe.... Não, nada.

Passaria o dia sem comer denovo?

E o Totó? Ele precisa comer também.

Os pés de Alex doíam, ele não quer mais caminhar, era tão cansativo e dolorido.

Baby AlexOnde histórias criam vida. Descubra agora