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Fiquei sabendo que as pipocas tão acabando, então cheguei pra ajudar a reestocar o estoque.
Preferem as de panela ou de micro-ondas?

🍿🍿👁〰️👁🍿🍿

Aliás também to por dentro das brigas viu

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________Capítulo 18________

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Alex não conseguia respirar. O peito pesado e dolorido dificultava qualquer tentativa inútil de puxar o ar que precisava. Com 10 anos exatos completos, um simples erro como aquele no seu aniversário, podia custar muito.

O pequeno pandinha conseguia ouvir claramente as vozes e os passos das outras crianças, andando pelo piso de madeira velho do quarto. Escondido embaixo da cama, encolhido e com medo, ele mal podia esperar para que parassem de procurá-lo e apenas fossem embora.

Com sua fralda cheia, era difícil pensar em alguma solução. Os adultos logo chegariam e, o tão esperado aniversário de 10 anos, estaria arruinado. Ele seria adotado pela primeira vez, mas adultos não gostam de quem faz xixi na fralda. Seu sonho de poder sair daquele lugar e não voltar, estava chegando ao fim.

Com o dedinho na boca, tentava se acalmar gradativamente, o que não estava ajudando, parecia apenas piorar sua situação, já que, no momento que viu a cabeça de seu irmão aparecendo por baixo cama, o procurando no lugar escuro e empoeirado, Alex sentiu uma vontade imensa de chorar alto e abraçá-lo.

O maior se ajoelhou no chão, encostando o rosto da madeira velha e desgastada.

- Vem, o mano não vai te machucar. Vamos sair daqui antes que os adultos chegam. - Com a mão estendida, seu irmão o chamou calmamente, com a voz tremendo.

Engatinhando a frente, o pequeno Alex o abraçou com todas as forças. Com medo de soltá-lo e ele ir embora.

O maior suspirou ao notar o motivo do pandinha ter se escondido. O segurando com firmeza, levantou do chão e o colocou deitado em cima da cama. As outras crianças se aproximando com expressões curiosas e medrosas. Estavam ao todo 6 pessoas dentro do quarto. Todas atentas aos passos do corredor.

Seu irmão, o mais velho dentre todos, era o responsável pelo quarto. Ajudando os menores no que pudesse, sem alertar os adultos do orfanato. Estes que, se ouvissem qualquer coisa mais alta do permitido, logo apareciam e arrastavam o responsável pelo longo corredor pouco iluminado.

Com o bracinho dolorido devido sua última sessão de 'exames' do dia anterior. Alex rolou na cama até conseguir se sentar. Porém, a sensação constante e quente em sua virilha, trouxe um soluço agoniado à tona.

- C-Calma Lix. - Sussurrou Liam, o mais tímido e retido.

- Não podemos fazer barulho, temos alguns minutos para te trocar - disse seu irmão, o encarando por cima do ombro enquanto mexia na cômoda em meio às três beliches.

Alex resmungou, apenas esfregando os olhos com as mãozinhas cheias de poeira. Logo um espirro baixinho foi ouvido. Fazendo os outros rirem pela fofura.

Seu irmão se aproximou, o deitando na cama enquanto arrumava os utensílios a volta, onde facilmente poderia alcançar.

- Você tem que se cuidar mais, Alex. - sussurrou o maior enquanto abria a fralda. - Não estarei sempre aqui para fazer isso, se algo acontecer com você, meu mundo estará arruinado.

Baby AlexOnde histórias criam vida. Descubra agora