🍼03🍁

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Boa leitura 🙃

______ Capítulo 03 _______

O hospital veterinário demorou para ser encontrado. Passaram de vitrine em vitrine, olhando para dentro de todas aquelas lojas, para achar o lugar onde teriam que se separar.

Alex não se importou com os olhares e chingamentos, ou até as vozes preocupadas, apenas seguiu em frente, pouco ligando para os pés feridos ou a movimentação à sua volta. Queria que seu amiguinho ficasse bem, e não desistiria até ter certeza disso.

Um grande estabelecimento chamou sua atenção, havia muitos animais do lado de dentro, em jaulas de vidro, ou com seus donos.

O garoto não gostou de nada do que viu. O lembrava tanto do passado, não queria que Totó passasse o mesmo. Porém avistou um homem de jaleco branco.

☁️Jalecos brancos podem ajudar.☁️ Pensou o garoto, ainda pessimista.

Entrou naquela grande loja de animais, mesmo ainda estando com medo, esperava que aquele homem pudesse atender seu amigo.

Assim que entrou na grande loja de animais, tudo pareceu parar à sua volta, os funcionários, os sons dos animais, até o homem do jaleco parecia ter parado de respirar - Tudo parecia o encarar.

- Ajudem ele! - O implorar de Alex cortou o silêncio que parecia sufocar a todos ali dentro. - Por favor!

- Sim! É claro! - O homem do jaleco branco se prontificou enquanto se aproximava. - Vamos cuidar dele e, se você permitir, faremos de tudo para ajudar você também - Ele apontou para a cadeira perto do balcão, pedindo para o garoto se sentar.

De forma discreta, o veterinário olhou sob o ombro para sua secretária, está que entendeu rapidamente e buscou o Kit de primeiros socorros no fundo da clínica, na sala de funcionários.

- Ela irá cuidar de você, enquanto eu - o veterinário apontou para si mesmo - cuido deste garoto aqui.

O médico se afastou com Totó, entrando por uma porta no final do corredor, perto de onde a mulher havia entrado.

Sentado naquela cadeira, morrendo de vergonha pelas pessoa que entravam o encaravam, a cada tic-tac do relógio, na parede, era um animalzinho que parecia o olhar, Alex sabia que estava fedendo, e todos eles pareciam julgá-lo.

- Ugh! - Assim que a mulher loira se aproximou tampou o nariz - Por onde você andou?

Ela se abaixou em frente ao garoto com uma pequena caixinha branca em mãos, e logo que aproximou a mão, com aquelas longas unhas da cor do céu, Alex afastou os pés.

- Garoto! Sei que pareço assustadora agora, porém, se não limparmos esses machucados, você vai perder o pé - Ela alertou, exagerando em alguns pequenos detalhes, mas pelo menos o pequeno acenou positivamente e estendeu os pezinhos para ela novamente.

- Seus pés estão horríveis! - Uma careta de desgosto se apossou a expressão da mulher. - Como conseguiu chegar a este estado?

Com uma pinça, a loira molhou um amontoado de algodão em uma água suspeita, Alex não sabia o que era, mas o cheiro o lembrava do "remédio" que passavam após cada seção de "tratamento".

- Não quero. - murmurou, encolhendo o pé, para perto do corpo novamente, e esforçando-se para falar normalmente como qualquer outro adulto faria. - Vai doer - fungou com o nariz escorrendo.

- Ok! Tudo bem. - Levou os braços rapidamente ao alto, se rendendo, o que levou ao pequenino dar um gritinho pelo susto. - Oh, me desculpe.

Afastando as gases e remédios espalhados pelo chão, a mulher se ajoelhou a frente do menino, o olhando nos olhos de forma calma.

Baby AlexOnde histórias criam vida. Descubra agora