☆ Coletânea de Oneshot's e Estórias Destiel ☆

Love Like You

Nt: Olá, abelhinhas!

Estou aqui pq percebi que tinha muitas one's Destiel acumuladas, e resolvi finalmente publicá-las. Algumas serão bem longas (tipo essa) e outras serão um pouco mais curtas.

Espero que gostem e boa leitura 🐝🐝

Sinopse: Dean sabia apenas de uma coisa: tudo o que ele toca se corrompe. Mas ele não pôde aceitar corromper Castiel, não Cas.

···

"No stop signs, speed limit
Nobody's gonna slow me down
Like wheel, gonna spin it
Nobody's gonna mess around
Hey, Satan, payin' my dues
Playing in a rocking band
Hey, mama, look at me
I'm on my way to the promised land, woo
I'm on the highway to hell
Highway to hell
I'm on the highway to hell
Highway to hell"

Ainda podia sentir a adrenalina. As veias formigando, a respiração ofegante, a mente em estado entorpecido, a música agitada, e os movimentos frenéticos.

Era a linha tênue entre excitação e consternação, sobriedade e embriaguez.

Podia dizer que sentira falta da liberdade líquida, a leveza dechavada, as inibições afogadas, corpos colados e almas totalmente levadas por "substâncias alegres", com as mentes devastadas se perdendo em suas doces amarguras. Mas não, ele não sentia falta daqui.

Não há paz interior; nem algumas - várias - doses daquele uísque poderiam alegrar seu interior distorcido. Sua mente flutuava pelo rock metálico que tanto amava e o cheiro forte de álcool que ele já estava tão acostumado. Estava enraizado a ele essa perdição, essa devassidão.

Sujo. Ele se sentia sujo. Seu demônio interior sussurrando aquelas palavras amargas e afiadas como uma faca.

"Ele poderia ter conseguido alguém melhor."

"Desde que ele o conheceu sua vida foi arruinada."

"Isso é pura devassidão, com o tempo ele irá perceber e se casar com uma mulher, ter uma família."

Era um maldito diabo sentado em seu ombro, ditando em sussuros sórdidos aquilo que ele queria apagar da memória; que ele gostaria de não acreditar. Se forçou, mas era difícil.

Tocava "Highway to Hell."

Mas Dean sentia falta do disco de Elvis tocando naquela sala mal iluminada com cheiro de mel e café. Tinha muitas pessoas ali, seus amigos estavam aqui, mas Dean Winchester sentia falta de Castiel. Fazia-se uma semana que não se viam, não se falavam, e essa droga era tudo culpa dele, era culpa do maldito Dean Winchester. Sua cabeça doía o suficiente para não se xingar internamente, mas a dor em seu peito já era excruciante o suficiente.

Ele queria Castiel, mas não queria ir vê-lo. Queria beijá-lo e abraçá-lo como se fosse uma pelúcia, mas não queria corrompê-lo. Corromper. Era isso que o Winchester mais velho fazia, era inevitável.

As palavras de Naomi Shurley eram tão cruas quanto vieram ao mundo, era tão reais quanto a própria realidade. Castiel havia gritado com a mãe, gritado com toda aquela família "bonita", para defendê-lo, e o que ele havia feito? Havia virado as costas porque não era bom o suficiente para permanecer, para se manter nessa corda ingrime que era namorar um cara na década de 80.

Mas, porra! Castiel não poderia se separar de sua família por ele, não, ele não se perdoaria. Por mais ridículos que fossem, eram inevitavelmente membros de sua família.