Capítulo 2

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Eu sei que as pessoas falavam comigo, mas eu continuava apenas olhando para aquele vídeo. Era Thomas, não tinha como não o reconhecer, as tatuagens, os cabelos pretos, até aquela pulseira estúpida que ele sempre usava e eu reclamava que me arranhava às vezes. Era ele, o meu namorado, a pessoa com quem eu estava prestes a dar um grande passo na vida, expondo parte dela para o público e a mídia.

Ele, o cara que dormiu comigo noite passada, que transou comigo na noite passada, e depois disse que me amava. Que tomou café da manhã comigo e saiu para fazer um trabalho, que jurou que logo me encontraria na arena para ver meu show e me acalmar antes que eu entrasse no palco. Que prometeu estar na parte VIP do show, me assistindo. Que garantiu que quando não precisássemos mais nos esconder, as coisas seriam diferentes, tudo seria melhor.

Esse homem, o meu namorado, estava aos beijos com uma modelo famosa, filha de outra modelo muito mais famosa. E o pior de tudo é que, se não fosse o suficiente eu reconhecê-lo pelo seu corpo ou tatuagens, eu reconhecia muito bem aquela jaqueta. Era a minha jaqueta, que ele pegou hoje de manhã antes de sair para trabalhar.

Ele estava usando a minha jaqueta enquanto me traía.

— Lou — a voz de Harry chegou até os meus ouvidos e levei meus olhos até ele, que continuava do meu lado. — Melhor você se sentar.

Harry segurava no meu braço, foi me conduzindo até o sofá e se sentou do meu lado. Minha cabeça zunia, as pessoas falavam juntas, me perguntava coisas e eu não conseguia entender.

— Quer alguma coisa? — o cacheado perguntou docemente.

— Silêncio — murmurei e nem reconheci a minha voz.

— Tudo bem — ele concordou. Harry falou mais alto e então não havia mais barulho. Mas aquele vídeo continuava rodando.

O meu namorado beijando uma mulher, uma de suas mãos estava na coxa dela, a outra não dava para ver. Eles estavam encostados em uma grade, do lado de um prédio. Se beijavam como se transassem, seus corpos se esfregavam. Em um momento eles se separaram, ele sussurrou algo para ela, que riu, então voltaram a se beijar com vontade. Ela o puxava pela jaqueta e eu senti meu estômago revirar.

Fechei meus olhos e me encostei no sofá, por que fazer isso? Ele podia ter terminado comigo, podia ser sincero, podíamos ter conversado. Ele disse que me amava! Não se faz algo assim com quem se ama!

— Louis, podemos dizer que você está passando mal, podemos adiar o show — John sugeriu e eu abri os olhos, encarando todos os meus amigos.

— Não posso fazer com meus fãs, não é justo com eles — respondi.

— Lou, ninguém vai te culpar, seus fãs vão te entender — Lottie estava ajoelhada na minha frente, fazendo carinho no meu rosto.

— Não, muitos deles se organizam por meses, gastam com passagens, hospedagem, não é justo. Eu vou fazer esse show, eu... eu só preciso de tempo... preciso...

Only The BraveOnde histórias criam vida. Descubra agora