1970 - Robin Arellano

Sete - Entre Corpos

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Domingo,
08:41

O café da manhã estava muito caótico, e por mais incrível que pareça, o tio Arellano ficou feliz em ver o Vance... E não xingou pelo fato dele ter vindo de madrugada.

Robin mordia a panqueca com ódio, e sem em nenhum momento tirando os olhos do Vance.

Porém o loiro nem percebeu, ele estava rindo e conversava com o tio Arellano sobre coisas aleatórias.

— Minha vó era italiana, porém a bisa dela era mexicana então digamos que que seja do México também. — Vance fala e sorri orgulhoso.

— Que legal Vance, você tem parentes de todos os cantos. — Tio Arellano fala interessado na curiosidade do loiro, e logo come o seu waffle.

— Poisé, sou um pouco de cada lugar. — Diz Vance que logo sorri.

— Isso é ridículo. — Fala Robin. — Você não pode ser um pouco de cada lugar.  — Ele diz.

— Ridículo é o garoto que não conta a verdade para a própria namorada. — Vance fala com ódio. — Ou pior ainda, não fala sendo que seria mil vezes melhor para ela e o psicológico dela a verdade! — Vance grita, em um movimento Robin pula da cadeira e Vance também.

Os dois começaram a brigar, o Tio Arellano arregala os olhos e começa a tentar separar eles.
Fico sentada na mesa, enquanto cortava o meu waffle, pois eu sabia como ia acabar tudo aquilo.

Olho para baixo e vejo que tio Arellano estava "no meio" da briga junto com eles.

— CHEGA! — Eu grito e logo me levanto, fico perto do tio e seguro a mão dele dando apoio para ele se alevantar. — Dois idiotas sem maturidade, mas que saco. — Eu falo. — O que é essa verdade que precisa ser dita, hein? — Pergunto para Vance. — Fala Robin! — Falo e olho para o Robin.

— Vamos conversar em outra hora, Catharine. — Tio Arellano fala, enquanto tentava arrumar a mesa do café.

— Por favor, Vance vamos conversar. — Peço, mas o garoto não se movia. — Vance Hopper... — Olho para o garoto — Por favor. — Peço.

— Vamos. — Ele fala enquanto saia de casa.

Fomos para o quintal enorme que havia atrás da casa, era lindo... Tio Arellano fazia de tudo para dar inveja nas idosas do bairro.

— Não minta mais para mim, eu sei que você está escondendo muitas coisas de mim. — Falo para ele, mas o Vance nem conseguia olhar em meus olhos.

— Não tenho o direito de falar. — Ele diz.

— Vance, não estou pedindo para que me conte, estou te falando para não mentir mais para mim. Pois eu sei que seu pai está muito bem da cabeça. — Eu falo, o garoto finalmente olha em meus olhos.

— Acho que o Robin deveria te falar, até porquê querendo ou não... Ele é o seu namorado. — Vance fala. — Mas tenho que te alertar... Max Fox, seu tio. Não é quem você pensa ser, os planos dele estão muito além. — Vance fala meio inquieto.

— Vence, me explica isso. — Peço confusa.

— Max nos deu um plano não é? — Ele pergunta e eu assento. — Ele está armando tudo para pegar você antes do Grabber. Pois, seu pai quer você morta, já seu tio quer você viva para chantagear Grabber. — Vanca fala.

Não.... Tio Max tem um coração de ouro. Ele é incrível.

— Como eu posso acreditar em você?! — Pergunto.

— Por que eu sei que no fundo, você também pensa que Max Fox, tem o mesmo pensamento do seu pai. — Ele fala. — Olha... Eu tenho que ir, mais tarde nós conversamos. — Ele fala.

— Mais tarde? — Pergunto.

— Tem gambito hoje. — Ele fala e logo abre o portão da cerca. — Tchau Cat. — Ele fala e logo sai andando.

Olho para trás e vejo que Robin estava com a cabeça fora da janela, me olhando. Aponto o dedo do meio para ele, o garoto sorri.

Assim que eu entro em casa, vejo que havia uns documentos que caíram no chão quando eles estavam brigando.
Junto e arrumo, o título me pareceu estranho.

Medicações e testes.

— TIO! — Grito.

— Oi cat. — O mais velho fala enquanto entra na cozinha.

— O senhor está doente? — Pergunto, logo ele se aproxima.

— Não, não estou. — Ele fala enquanto lê o título, em um movimento muito rápido ele pega todos os papéis e esconde atrás dele.

— Oque foi? — Pergunto confusa.

— Nada não... — Ele nega nervoso. — Ahn, quer saber... Hoje você tem o dia todo livre, pode sair pra onde quiser. — Ele fala enquanto saia da cozinha. — Mas só se o Robin for! — Ele grita da escada.

Subo as escadas e bato na porta do quarto do Robin.

— Acha mesmo que vai fugir de mim? — Pergunto quanto bato na porta.