Quatro - Sem a Sua Salvação

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Quarta feira,
21:28

Os galhos da árvore batiam forte na minha janela. Estava tudo pronto para a minha fuga, estava apenas esperando o Vance na janela.

Eu estava limpa, vestindo um moletom azul e uma calça jeans preta, meu tênis era o mesmo de sempre.
As minhas coisas estavam prontas e eu estava ansiosa para a fuga que sempre sonhei.

Caminhei ansiosa pelo quarto, a porta estava trancada... Era apenas questão de tempo para ele vir aqui "liberar" a passagem para o banheiro antes de eu ir dormir.

Antes que eu pudesse me sentar na minha cama, a porta rangeu forte e logo ele me olhava estranhamente.

- Você está mais inquieta que o normal. - Ele fala, ainda parado na porta.

- É só a ansiedade de saber que os meus amigos estão trancados no porão. - Eu minto.

- Você mente mal Catharine. - Ele fala com uma voz rouca, não falei nada, apenas continuei o contato visual.

- Como eles estão? - Falo e logo nervosa comecei a mordiscar o lábio inferior.

- Mortos. - Ele fala e sorri.

- O QUE VOCÊ FEZ?- Acabei gritando.

- É brincadeirinha do seu papai. - Ele fala e começa a rir. - Eles estão lá em baixo, daqui a pouco eu vou lá ficar olhando eles dormir... Tão satisfatório. - Ele fala e passa as mãos no cômodo de gavetas ao lado da porta.

- Pra você que é um assassino gay, é bem legal mesmo. - Eu acabo deixando escapar. - Ops. - Falo e sorrio.

- Olha só sua vagabunda, se você continuar de brincadeirinha eles morrem mesmo. Tô cansado de ficar fazendo ameaças. - Ele fala e sai, deixando a porta aberta. Sorrio sarcasticamente para o velho.

Olho pelo buraco que eu fiz na janela e Vance estava lá parado em cima da árvore, ele deveria ter chegado a pouco.

Jogo um pedaço de papel em sua cabeça, ele olha bravo para cima.

- Vance, sobe mais alto. - Eu falo e ele começa a subir rapidamente, ele chega no buraco que havia na minha janela.

- Eaí Rapunzel, qual é o plano. - Ele fala e sorri.

- Vou descer e sair, tenho que esperar o barulho da combe. - Eu falo e ele assente.

- Estou com tudo aqui. - Ele fala e ponta para a mochila que havia atrás dele.

- Vou mudar uma coisa no plano... - Eu falo e ele me olha impaciente.

- Catharine Fox, o que você vai fazer? - Ele pergunta bravo.

- Vou te passar as minhas mochilas aqui e agora. Aí eu não preciso entrar dentro de casa de novo. - Eu falo.

- Tudo bem, precisa ser rápida. - Ele fala olhando nervoso para baixo, percebi que ele estava MUITO alto do chão.

Fui passando primeiro a minha mochila de roupas, depois a da escola. Vance pegou com certa dificuldade, pois a primeira mochila estava um tanto... Pesada.

- Obrigada Vance. - Agradeço e sorrio, o garoto da uma piscadela. - Vou descer agora e logo estou aí com você. - Eu falo e ele apenas assente.

- Vai logo, não sou seu mordomo. - Ele fala e sorri brincalhão.

- Cala boca mordomo. - Falo saindo do quarto e escuto a sua leve risada sarcástica.

Desço as escadas rapidamente, vejo que meu pai não estava em lugar nenhum. Abro a janela da sala e a van não estava mais lá.
Isso significa, hora da fuga.

1970 - Robin Arellano Onde histórias criam vida. Descubra agora