Um - O início

357 38 20
                                    

(não esqueça de votar).

-

Terça feira,
07:46

O vento era seco, estava muito forte... A ventania levantava o meu cabelo em grandes ondas. Não havia sol, apesar de ser verão.

O sinal tocou, o barulho ecoou pela escola toda. A movimentação era grande, achar a sala de aula no meio da confusão, ia ser difícil.

Mas não demorou muito para uma grande roda se instalar no meio do corredor, cheios de gritos e risos.

Fui lentamente caminhando até lá, até que avistei dois garotos brigando.

- Moose, Moose, Moose! - As pessoas gritavam em uníssono.

- Robin, saia daí. - Um garoto disse para um dos outros meninos que brigava.

O garoto com bandana derrubou o outro, e começou a chutar.

- Robin já deu! - O garoto pede novamente.

Menino da bandana se alevanta rapidamente e fala algo no ouvido do outro, e os dois foram para o banheiro.
O povo foi indo para as suas salas.

Fiquei parada olhando para o garoto no chão, ele precisava de ajuda.
Me agachei e estendi a mão, o garoto pega e puxa e logo se alevanta.

- Está tudo bem, Moose? - Pergunto para o garoto que supostamente tinha um nome estranho.

- É, acho que sim. - Ele fala e me encara. - tcs, tcs, o Robin me derrubou né, mas eu caí porquê eu quis. Não seria justo deixar ele perder. - Fala o garoto, mentindo. Apenas sorri. Perfeito.

- Tudo bem... - Comecei a dizer mas fui interrompida.

- Hey, nem fica de conversinha com ele, daqui a pouco ele vai te assediar. - O garoto de bandana surge atrás de mim, enquanto encarava o Moose.

- Errr... Bom, eu vou indo. Obrigada. - Moose diz e sai correndo.

Fico olhando até ele sumir de vista.

- Por quê fez isso? - Perguntei enquanto mordia o lábio inferior, normalmente faço isso quando estou brava ou nervosa.

- Que? Eu acabei de te ajudar. - O garoto diz com uma sombrancelha arqueada.

- Este garoto - Aponto para o corredor vazio, onde Moose havia passado. - Era o meu cobaia. - Falei com ódio.

- Cobaia? lo que está sucediendo aquí? - O garoto diz, mudando o idioma rapidamente.
Percebo que seu suposto amigo estava parado nos olhando.

- Nada, com licença. - Peço e tento sair mas o garoto segura o meu braço.

- Qual é o seu nome? - Robin pergunta.

- Catharine, mas me chame de Cat. - Falo e ele solta o meu braço.
Vou andando em direção a minha sala, deixando sozinhos.

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

- Ele era a isca perfeita. - Eu falo enquanto mordia um pedaço de pele de peixe.

Desde pequena, sempre comi restos ou coisas estranhas como fígado, língua, patas de bichos. Com o tempo me acostumei e comecei a gostar.

- Você é uma incompetente, imbecil! - Meu pai grita. - Eu deveria ter te matado no lugar da sua mãe, ou melhor, ter matado as duas. - Ele fala enquanto pegava uma faca e me ameaça.

1970 - Robin Arellano Onde histórias criam vida. Descubra agora