Jeffrey Dahmer, o serial killer canibal, parte 3

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Em 22 de julho de 1991, Jeffrey Dahmer se aproximou de três homens e ofereceu 100 dólares para que um deles o acompanhasse até seu apartamento para um ensaio fotográfico nu, tomar umas bebidas e lhe fazer companhia. Um dos homens, Tracy Edwards, de 32 anos, aceitou a oferta. Ao entrar no apartamento de Dahmer, Edwards notou o cheiro horrível que impregnava o lugar e também viu várias caixas de ácido clorídrico no chão, com Dahmer justificando isso afirmando que estava "limpando tijolos". Depois dos dois conversarem um pouco, Dahmer pediu para Edwards virar a cabeça para ver seu aquário com peixes tropicais e quando ele distraiu o olhar, Dahmer colocou uma algema no seu pulso. O rapaz então perguntou o que estava acontecendo e Dahmer tentou, sem sucesso, algemar ambos os pulsos dele juntos e então pediu para ele acompanha-lo até o quarto para tirar as fotos nu. Uma vez no quarto, Edwards reparou nas fotos polaroides de homens nus coladas nas paredes e uma televisão onde passava O Exorcista III, numa fita de vídeo. Ele também notou um tambor azul de 215 litros, que era a origem do fedor no apartamento. Brandindo uma faca contra ele, Dahmer afirmou que pretendia tirar fotos dele ainda. Para tentar acalmar Dahmer e mostrar cooperação, Edwards desabotoou sua camisa, afirmando que ele faria o que estava sendo pedido se Dahmer removesse a algema dele e guardasse a faca. Dahmer, contudo, voltou sua atenção para a televisão. Dahmer ficava balançando para frente e para trás enquanto falava alguma coisa baixo antes de voltar sua atenção de novo para Edwards. Ele colocou o ouvido contra o peito de Edwards para ouvir a batida do seu coração, afirmando que ia come-lo.

Edwards continuava afirmando que era amigo de Dahmer, tentando acalma-lo, dizendo que não tentaria escapar. Edwards havia decidido que ou ele pularia da janela ou ele sairia correndo pela porta na primeira oportunidade. Edwards pediu para usar o banheiro e depois perguntou se poderia sentar-se, com uma cerveja, na sala de estar, onde havia ar condicionado. Dahmer consentiu e os dois foram até sala quando Edwards deixou o banheiro. Alguns momentos depois, ele pediu para um distraído Dahmer novamente para usar o banheiro e quando se levantou, ele percebeu que Dahmer não estava segurando suas algemas. Aproveitando-se disso, Edwards bateu na cara de Dahmer com força, derrubando-o, e depois correu a toda a velocidade em direção a porta.

As 23h30 da noite de 22 de julho, Edwards bateu de frente com dois policiais, Robert Rauth e Rolf Mueller, na esquina da rua North 25th. Os policiais notaram Edwards, um homem negro, com algemas, num bairro com índices de criminalidade acima da média, e se aproximaram com cautela. Edwards afirmou que ele havia sido detido por um "maluco" que colocou algemas nele e então pediu para os policiais removerem elas. Quando estes não conseguiram, Edwards concordou em acompanhar os policiais a voltar ao apartamento onde tinha passado as últimas cinco horas. Quando os dois policias chegaram no apartamento 213, Dahmer, aparentando calma, convidou os policiais para entrar e reconheceu que ele havia colocado as algemas no rapaz, embora não tivesse justificado a ação. Edwards então informou aos policiais que Dahmer apontou uma faca para ele e que isso havia acontecido no quarto. O policial perguntou então onde estava as chaves da algema, com Dahmer respondendo que estavam perto da cama dele. O policial Mueller fez questão de ir pessoalmente pegar as chaves e quando Dahmer disse que ele mesmo podia faze-lo, o oficial Rauth respondeu de forma ríspida para ele ficar onde estava.

No quarto, Mueller notou que de fato havia uma faca perto da cama. Ele também viu uma gaveta aberta e percebeu que havia várias fotos polaroides dentro e quando olhou elas de perto, ele viu que eram fotos de corpos desmembrados. Olhando aos seus arredores, ele também notou que estas fotos foram tiradas naquele mesmo quarto. Mueller rapidamente saiu do quarto, com as fotos na mão, afirmando "isso é de verdade" e depois gritou "algeme-o". Percebendo o que estava acontecendo, Dahmer resistiu quando o Rauth tentou detê-lo, mas os dois policiais não tiveram muita dificuldade em prende-lo, o algemando pelas costas e então pediram por reforços. Com Dahmer detido, o oficial Mueller conduziu uma pequena busca pelo apartamento e ao abrir o refrigerador, notou as sacolas com carne humana e uma cabeça decepada de um afro-americano na prateleira de baixo. Enquanto isso acontecia, Dahmer, forçado no chão pelo policial Rauth, virou a cabeça para ele e disse "pelo que fiz, deveria estar morto".

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