Mary Bell, a criança assassina

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Mary Flora Bell (Newcastle, 26 de maio de 1957)

Mary, apelidada May desde cedo, era filha de Betty McCrickett e Billy Bell, embora sua paternidade não seja dada como certa. Sua mãe, era prostituta, usuária de drogas e alcoólatra, e teria tentado assassiná-la diversas vezes durante a infância. Ela também teria sido sexualmente abusada pelos clientes de sua mãe. Em 2018, o ABC da Espanha escreveu que sua mãe havia vendido sua virgindade e passado a prostituí-la desde que ela tinha cinco anos de idade.

Mary nasceu quando Betty tinha apenas dezessete anos. Acredita-se que Mary tivesse um bom relacionamento com seu pai, fosse biológico ou não; No entanto, ele acabou preso por assalto armado.

Segundo o ABC, Mary teria respondido aos abusos sofridos torturando gatos e cachorros antes de começar a matar. A ocorrência de seus crimes, analisa-se, dá-se primariamente devido aos abusos sofridos, tendo-se em vista sua pouca idade juntamente com a grande quantidade e terribilidade dos abusos em questão.

Um dia antes de completar 11 anos, em 25 de maio de 1968, Mary Bell acabou cometendo o seu primeiro crime contra um ser humano. Com a ajuda da amiga Norma Bell, de 13 anos, a garota estrangulou uma outra criança até a morte. A vítima era Martin Brown, um menino de apenas três anos de idade.

Em julho do mesmo ano, foi a fez de Mary estrangular outra criança. Brian Howe, de quatro anos, também teve a pele dos genitais esfolada com uma faca e a barriga marcada com as letras M e N. A princípio, os investigadores acharam que o caso poderia se tratar apenas de uma brincadeira de crianças que deu errado, e não de um homicídio.

Nos dois casos o comportamento de Mary Bell após as mortes foi muito suspeito. Na morte de Martin, a menina chegou a levar a tia da vítima até o local onde o corpo fora encontrado, revelando que o achara ali. Além disso, visitou a mulher em algumas ocasiões fazendo perguntas como “você sente falta do Martin?”; Você chora por causa dele?”

Já no caso de Brian, Mary apresentava comportamentos suspeitos durante o funeral. Segundo o inspetor James Dobson, a menina ria e esfregava as mãos enquanto observa o caixão.

Por fim, detidas como suspeitas pela polícia, Mary Bell e Norma Bell (que não eram parentes, apesar do mesmo sobrenome) acusaram uma a outra da autoria dos crimes. Em júri popular, Norma acabou inocentada, enquanto Mary foi declarada culpada dos dois homicídios, além de outros quatro estrangulamentos.

Além disso, a garota foi diagnosticada como “uma psicopata ardilosa e sem remorsos”. Sobretudo, chegou a afirmar que matava por prazer e emoção.

Presa, ela participou de várias tentativas de fuga, além de se envolver em relações amorosas e casos de abuso sexual na cadeia. Apesar das polêmicas, aos 23 anos ela ganhou o direito de liberdade condicional, por ter cumprido 12 anos de prisão.

Liberada, ele recebeu o direito de reconstruir a vida em anonimato, inclusive com uma nova identidade. No entanto, a mulher chegou a ser expulsa de várias cidades em que viveu, assim que moradores descobriam a verdade do seu passado.

Atualmente, Mary Bell ainda vive sob a lei do anonimato. Além dela, a ordem também atua sobre sua filha, seu neto e todos outros possíveis descendentes da família. Enfim, sua biografia pode ser conferida no livro Gritos no Vazio, escrito por Gitta Sereny com a ajuda da própria personagem.

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Depois de tempos, eu voltei.

Se quiserem, podem me dar ideias de casos que eu possa trazer aqui.

Bjs

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