Como combinado, Érik assinou a minha papelada e uma semana depois eu comecei a trabalhar no hospital, a área da psicologia fica a dois corredores de distância da sala dele. Érik me deixou arrumar a sala do meu jeitinho, ele me mandou escolher os móveis e tudo mais. A minha poltrona e o sofá para o paciente são os mais confortáveis possíveis, a decoração estava impecável, o ambiente na temperatura perfeita e o cheiro era muito bom, bem diferente do cheiro que um hospital costuma ter.
Hoje eu já atendi dois pacientes e agora estou no meu horário de almoço, já liguei para a minha mãe para saber da minha menina e acabei me emocionando ao ver aquele pingo de gente cantando na língua que só ela entende.
Bom, o resto da semana foi igual, a minha rotina é essa agora.
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Salto temporal
Os anos se passaram e hoje eu estou com 45 anos, Chloe agora tem 13 anos e está a menina mais linda do mundo. Graças a Deus ela não me dar trabalho, mas é teimosa como a mãe e audaciosa como o pai. Chloe erdou o talento e gosto pela dança como a Maraisa e o João, é lindo ver como tudo nela lembra aqueles dois.
Nesses anos eu não me envolvi com ninguém amorosamente falando, apenas sexo sem sentimentos e beijos sem história. Marília casou, Paula adotou uma criança ao lado de Alice, para quem disse que não tinha interesse algum, Paula acabou se rendendo aos encantos da doce menina. Vanessa dispensou o cara perfeito e se afundou em trabalho, assim como eu, ela não voltou a se relacionar com ninguém. Aquela Vanessa que todos conheciam, não existe mais. Depois da morte da minha irmã, ela não voltou a sorrir de verdade de novo.
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Estava deitada no sofá da minha sala no hospital quando pego no sono e quando abro os olhos, percebo que estou na sala de música da minha antiga casa e uma música que eu presumi ser "Ser humano ou anjo" estava vindo do piano, me aproximei lentamente e os meus olhos se inundaram ao ver quem era.
Eu: Metade?. Ela se vira para mim e eu levo a minha mão até o peito sentindo meu coração bater freneticamente.........-- Maraisa!. Sussurro o nome dela.
Mara: Você é ser humano ou é um anjo, Maiara?. Ela sorrir.
Eu: Ai meu Deus. Ai meu Deus. Ai meu Deus!. Corro para os braços dela prendendo ela como se dependesse daquele abraço, e eu dependia.
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Eu: Você tá aqui, ai meu Deus, você está aqui. Está na minha frente!. Saio do abraço e seguro nos braços dela.........-- Eu estou tocando em você, ai meu Deus!. Abraço ela novamente e sem conseguir impedir as lágrimas.
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