Meu Deus não consigo me mecher, e agora o que faço?
Eu estava imóvel e André começou a fazer perguntas e eu não conseguia responder porque só foi piorando cada vez mais, então ele disse que me levaria pra casa dele até eu me acalmar....Já no apartamento dele, foi um sacrifício eu conseguir me movimentar, ele me ajudou é claro, eu apenas disse que era uma crise de ansiedade aflorada, ele então me pediu pra respirar fundo, o que não estava adiantando.... E ali eu tinha a sensação que eu iria morrer a qualquer momento...
Ele então me levou até o banheiro, tirou minhas roupas, me deixando apenas de cueca e me colocou debaixo do chuveiro ligado na água fria, e pediu pra respirar bem fundo.
E aos poucos com altos e baixos fui voltando aos eixos, e ali eu tava com muita vergonha, geralmente eu não sofro crise da esquizofrenia há meses, então permaneço sentado no box do banheiro. André senta ao meu lado me pedindo pra ter calma, e acabou soltando que iria fazer algo pra comer pra me distrair.
Minha mente estava á mil, primeiro por ter surtado, segundo por ter sido na frente do André e terceiro por que raio estou fazendo na casa dele?
Me levantei e me enxuguei com a toalha exposta na bancada, meu estômago doía e muito, pois não tinha nada lá apenas líquido, realmente eu precisava comer, mas como eu poderia fazer isso se sempre me dá vontade de vomitar?
Vesti minhas roupas e sai do banheiro e lá estava André fritando ovos com margarina e orégano, o meu café favorito, como ele adivinhou?
Então comecei dizendo a ele que esse era um dos meus pratos preferidos, ele apenas sorriu aparecendo as covinhas em seu rosto, e os cachos á mostra. Ele me ordenou que sentasse na bancada e comesse, e foi o que fiz.
Ele então começou a dizer que eu não precisava conversar sob o que aconteceu mas que se eu tivesse a vontade para falar que ele era todo ouvidos.
E eu escolhi a primeira opção, eu odiava ter que contar as minhas coisas pra estranhos ainda mais pro André que conheço há apenas um dia.
Depois de satisfeito, ele me perguntou se o que eu tinha era acontecia normalmente, e eu respondi que não, que eu estava apenas no meu extremo. Ele permaneceu calado, e eu perguntei se o que a namorada dele pensaria se me visse no apartamento dele, e ele respondeu que ela não precisava saber, e então eu fiz a seguinte pergunta que se ele era Gay ou bi, e ele apenas ficou ofegante e disse que eu era chato as vezes.
Apenas sorri de canto meia boca e disse que precisava ir embora, e ele insistiu para eu dormir no apê dele que não confiaria em me deixar ir, então depois de muita insistência eu aceitei, claro que impus regras como ele não tentar nada contra mim, e ele aceitou...Fiquei ali deitado no quarto pensando no que teria acontecido e que eu precisava urgentemente retornar ao psiquiatra, enquanto André dormia na sala fiquei imaginando como seria o dia seguinte.
...
Me levantei com muita vergonha da noite passada, mas eu precisava levantar e sair, entrei no banheiro, olhei para o espelho e ali vi que meu cabelo estava desbotando do platinado que fiz no mês passado, minha boca estava rachada e branca por conta de eu não me alimentar direito, meus olhos castanhos refletiam sob o reflexo, eu tinha uma única pinta no rosto e era justamente na parte de cima da boca o que pra mim era uma característica forte em mim.
No desenrolar disso tudo, escovei meus dentes com uma escova nova que estava plastificada na caixinha, havia produtos de skincare e então usei, lavei meu rosto com sabonete facial, e em seguida passei o tônico nutritivo para peles oleosas. E logo coo sempre meus pensamentos começaram a ficar confuso, e meu estômago começou a revirar, mas eu lutei permanentemente até não ceder á minha vontade imensa de colocar tudo para fora no vaso sanitário.
Saí do banheiro, e fui direto para a cozinha, André estava sentado sem camiseta apenas com uma bermuda folgada tomando café expresso e navegando no celular, cumprimentei ele que logo foi perguntando se eu estava melhor, afirmei e perguntei onde ele dormiu e ele respondeu que no sofá, que ainda estava mobiliando o apartamento, ele logo me convidou para tomar café com ele e claro respondi que não costumava tomar café da manhã, o que era verdade. Ele começou dizendo que a namorada dele havia terminado com ele e que estava desolado, o que pra mim parecia mentira pois ele usava ela apenas como fachada, perguntei á ele o que ele fazia da vida e etc, ele respondeu era filho uma família bem sucedida e que morava naquele apartamento sozinho, estava estudando para ser fisioterapeuta, logo ele me retribuiu a pergunta e claro respondi quase tudo, menos que era esquizofrênico, e que tinha ansiedade e depressão aflorada que me fazia necessitar de uso de medicações controladas.
Decidi ir embora, me levantei e disse que iria pegar um uber, e ele obviamente insistiu em me levar, aceitei pois havia gastado todo o meu dinheiro na festa da noite passada...
Ele me deixou na frente de casa, apertou minha coxa e disse que gostaria de me ver mais vezes, revidei á ele a segurar a onda, pois eu havia gostado dele de verdade, eu não descrever mas eu sentia uma química quando estava com ele que eu não consigo discernir. Me despedi e saí do carro, e lá na em casa estava Emília na frente me esperando pra contar tudo o que rolou da noite anterior.
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A vida e a borboleta
AcakEstá é uma história de poesia, onde retrata os pensamentos mais profundos e horrendos de Levi, um jovem esquizofrênico que vive em busca da perfeição tentando se encaixar em sua zona de conforto e enfrentando os seus demônios interiores na sua vida...