Cap 7.

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Acordei com meu pai de braços cruzados, me encarando.

Bruno: Tem cama mais não?

Clara: Gostei daqui e acabei dormindo. - Ri falso. - Que horas são?

Bruno: 06:57, tô indo pra empresa agora. - Assenti. - Vai sair hoje?

Clara: Não sei. Se eu for, aviso. - Ele assentiu e saiu do quarto.

Peguei meu celular e abri o WhatsApp, vendo mensagem da Kay. Ela disse que o pai dela tava com raiva, e que não tava nem falando com ela.

Com motivos né.

Apenas mandei "Kk" e coloquei o celular na mesa, levantando e indo tomar banho. Escovei os dentes e vesti um short, uma blusa solta e peguei a sandália.

Fiquei andando pela casa, quando ouvi meu celular tocar.

Ligação On:

Clara: Oi?

Ret: Tá livre agora?

Clara: Tô, por que?

Ret: Quer vim tomar café comigo? Tô aqui no Lev.

Clara: Rum, tô indo.

Ligação Off.

Achei estranho de primeira ele ter me chamado, mas logo fiquei tranquila. Tô criando uma amizade com o Ret e tá sendo legal até.

Acho que ele também fica tiltado quando o Hariel abandona ele pra ir com a Kaynna, eu em.

Subi pro quarto e peguei um short jeans, um casaquinho preto e a rasteirinha.

Peguei a bolsa e coloquei o celular dentro, vendo que iria andando mesmo. Pai trabalhando, preguiça de chamar uber.

Fui andando mesmo e cheguei lá em alguns minutos. Avistei ele sentado sozinho, mexendo no celular.

Dei um tapinha na cabeça dele e me sentei na cadeira da frente, ele apenas riu.

Ret: Veio andando? - Assenti. - Que milagre.

Eu apenas ri e vimos o garçom se aproximando, vindo anotar os pedidos. Pedi um café com espuma e uma coxinha pra acompanhar.

Ret pediu apenas o café e o garçom saiu.

Ret: Eai, Kay deu sinal de vida?

Clara: Sim, mas o pai dela tá com raiva. - Ri. - Ela tá com raiva também.

Ret: Rum, sem caô. A Kay tá se deixando levar demais pelo Haridade. - Coçou a cabeça.

Clara: Como assim?

Ret: Ele ainda não comeu ela, né? - Assenti. - Pois é, quando comer, vai cair fora.

Clara: E como tu sabe disso? - Arqueei a sobrancelha.

Ret: Ele mesmo disse. Haridade não quer nada sério com ninguém não.

Fiquei pensando naquilo. Não sabia se avisava ou não, sei lá.

Eu avisei desde sempre que se envolver com gente assim não era coisa boa, mas ela nunca ouviu.

Clara: Ela tá apaixonada nele. - Fiz bico. - Isso não vai dar bom.

Ret: Nem comenta com ela, viu? Haridade vai querer caô se souber que eu disse antes dele comer.

Clara: Preciso tirar ela disso, Ret. Kay tem muita vida pela frente. Decepção amorosa agora ia estragar tudo.

Ret: Tá se importando com ela por que, maluca? A guria te abandona sempre que vê ele.

Clara: Ela cresceu comigo, é minha melhor amiga desde que nasci. Literalmente. Mesmo que ela seja meio mongol, não vou deixar isso acontecer.

Ret: Vai falar ainda hoje? - Assenti. - Pô, vamo terminar o café primeiro, depois te deixo lá. - Ri e assenti.

Os cafés chegaram e nós fomos conversando sobre coisas aleatórias. Sendo sincera, ele é até que legalzinho.

Clara: Vou pagar lá, já volto. - Levantei mas ele impediu.

Ret: Eu chamei, eu pago. - Negou com a cabeça e riu, levantando e indo até o caixa.

Não falei nada e em pouco tempo ele voltou.

Fomos indo em direção ao carro dele, que abriu e nós entramos.

Clara: É lá pra perto da BCM.

Ret: Parte riquinha da cidade. - Riu.

Clara: Que nada. - Cocei a cabeça.

Ret: Teu pai criou a empresa sozinho? Ou o Marcos ajudou?

Clara: Eles se conheciam antes da empresa, mas meu pai criou sozinho. Marcos foi contratado e foi subindo o cargo, com isso, a empresa evoluiu junto.

Ret: Saquei. - Falou puxando a marcha. - Aqui, né?

Clara: Sim, sim. Obrigada. - Ri falso e dei um aperto de mão, descendo do carro e indo em direção á portaria.

Entrei rápido por já me conhecerem e fui subindo pro apê da Kay.

Tô nervosa, mais do que devia estar.

30 comentários p próximo cap.

voltei amgs

autora adoeceu🤙🏻

Nosso show. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora