Cap 69.

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Maratona 3/3🍹

Acordei ouvindo a porta abrir e encarei, vendo o Ret entrar.

O coração chega acelerou e ele se aproximou, deitando comigo e enfiando a cara no meu pescoço.

Ele passou a mão por volta da minha barriga e me puxou pra perto, me deixando sentir a respiração dele.

Clara: Você tá bem? - Falei segurando sua mão.

Ret: Tomei enquadro de tarde e acharam maconha na bag. - Riu. - Saí da delegacia quase agora, tô de mente cheia pra um caralho.

Clara: Por que você não me avisou? Eu teria ido lá.

Ret: Não tinha necessidade, consegui me sair sem b.o. - Assenti. - Pegou o exame?

Clara: Uhum. - Ri falso. - Tô com um negócio no sangue, isso acaba causando tontura e enjoo.

Ret: Mas já começou á tratar?

Clara: Vou começar. Não é nada grave. - Ele arqueou a sobrancelha, mas assentiu.

Ret beijou meu pescoço e eu arrepiei, ele apenas riu.

Ret: Seu pai tá lá embaixo, disse que queria falar contigo.

Clara: Sabe o motivo? - Negou.

Ret: Achei Incrível o fato dele ter me deixado entrar sem b.o nenhum. - Riu.

Eu ri falso e sentei no colo dele, colocando a cabeça no seu peito.

Clara: Eu te amo, tá? - Falei brincando com os cordões dele.

Ret: Também te amo, princesa. - Falou colocando a mão na minha cintura. - Demais.

O olho encheu de lágrima aquela hora, mas me aguentei e não falei nada.

Ficamos conversando por um tempo mas ele logo avisou que teria que ir embora, pois como passou muito tempo na delegacia, teria que resolver as coisas na boca.

Saímos do apê e descemos pro elevador, dando de cara com a Kay entrando.

Ret só cumprimentou ela e saiu do prédio, Kay me olhou e arqueou a sobrancelha.

Kay: Já contou pra ele?

Clara: Não. - Cruzei os braços e me encostei no elevador.

Kay: Percebi. - Falou se referindo ao sorriso dele quando saiu.

Não falei nada e voltei pro meu apê, dando de cara com meu pai na sala. A cara fechada e uma perna em cima da outra.

Já sabia que tinha b.o.

Clara: Tô ouvindo. - Falei cruzando os braços.

Bruno: Então deixa eu ver se entendi. Você se envolve com um traficante, começa á namorar com ele e não me diz. - Interrompi.

Clara: Já era óbvio que estávamos sério. - Ele riu.

Bruno: Mas essa sua gravidez não é óbvia pra ele, não é, Clara? - Falou cínico.

Clara: Você tá maluco? - Arqueei a sobrancelha.

Bruno: Você realmente esqueceu que aquele hospital é uma das minhas propriedades? - Riu. - Que você é extremamente conhecida lá?

Clara: Pai. - Respirei fundo.

Bruno: Eu iria surtar com você agora, te privar de muita coisa. Mas descobri que você vai abortar um filho do Ret. Você não tem ideia do quanto isso me acalmou.

Clara: Você só tá tranquilo porquê sabe que isso vai afetar ele. - Respirei fundo. - Enquanto á mim, pai?

Bruno: Você o que? - Arqueou a sobrancelha.

Clara: Você não tá ligando pra frustração que eu tô sentindo! O medo de acabar com tudo que eu tenho com ele por causa desse bebê, pra minha saúde mental!

Bruno: Você vai abortar porquê quer. Mas sabe que agora, vai abortar por bem ou por mal. Você já pensou no quanto isso iria acabar o título da nossa família?

Clara: Foda-se o título dessa família! - Ele encarou. - Eu tô grávida, pai! Eu tô muito mal com isso e mesmo assim você só se preocupa com título da família , e o quanto isso vai afetar o Ret! Mas e eu!? Você tá pouco se importando comigo!

Bruno: Você sabe que não é assim. - Falou vindo até mim e eu senti as lágrimas escorrerem no rosto.

Só saí da sala sem falar nada e me tranquei no quarto. Isso realmente mexe comigo mais do que qualquer fato.

O aborto, a possível reação do Ret e agora meu pai sabendo, tava tudo acabando comigo!

Nosso show. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora