Cap 89.

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Eu e o Ret voltamos, o que foi ótimo pra minha vida. Porquê a conexão que eu tenho com ele é enorme, e me traz paz.

Os meses foram se passando, consequentemente, a barriga crescendo. Meu humor piorando e eu surtando.

O que eu achei mais foda, foi o Ret do meu lado, independentemente do estresse que eu tava causando.

Ret: Tô tendo que sair agora. - Falou arrumando o relógio.

Clara: Vai pra onde? - Cruzei os braços.

Ret: Vou pra boca, amor. - Falou se sentando ao meu lado. - Tá sentindo alguma coisa?

Clara: Tô carente. - Falei encostando a cabeça no peito dele, que riu.

Ret: Quer ficar lá comigo? Tenho que resolver uns bagulho. - Assenti.

Eu só troquei de roupa e nós fomos.

Nem revelo o sexo do bebê pra vocês. Mas olha, eu tô ansiosa pra caralho!

Nós chegamos na boca e fomos pra sala dele. Só deitei no sofá e peguei o celular. Ret se sentou na cadeira dele e começou á olhar uns papéis.

Fazia careta pra alguns, outros ele só encarava.

A tarde seguiu todinha assim. Ele bolado com os papéis e eu naquele sofá, sem fazer porra nenhuma.

Ret: Vamo. - Falou se levantando. - Vou mandar fecharem a boca pra vendas hoje. Tô cansado e ainda tenho show.

Eu só assenti e levantei. Ele veio e colocou o braço no meu ombro, me guiando pra saída.

Eu já tava com 9 meses, ou seja, o bebê podia nascer á qualquer momento. Isso me causava arrepios, mas ao mesmo tempo, aliviada por poder finalmente segurar meu primeiro filho na mão.

Passei á morar com o Ret esses tempos. Vou entregar o apê e relaxar um pouco.

Meu pai parou de me procurar e a Mariá vinha me visitar de dois em dois dias. Neném da Kay já tinha nascido, era um menininho.

Jorge.

Ela vivia falando que queria um meninho pra ser o melhor amigo dele.

Ou uma menininha pra poder namorar com ele. Eu apenas fico rindo mesmo.

Ret me deixou em casa e pediu pro vapor supervisionar. Ele trocou de roupa rapidão e se despediu, indo pro show. Bixinho, saiu 10 minutos atrasado.

Deitei no sofá e fiquei assistindo TV, até a Kay me ligar.

Ligação On:

Kay: Garota! Quer meu filho não?

Clara: Que isso?

Kay: Ele dorme igual o Hariel, Clara! Esse menino é a cópia dele!

Clara: Garota kkkkkkkkkk

Kay: Eu espero que sua cria também nasça a cara do Ret!

Ligação Off.

Eu apenas ri e coloquei o celular de lado, levantando e indo tomar uma água. Se minha cria nascer igual ao Ret, eu desisto de mim mesma.

Carrego na barriga por nove meses, pra ficar igual ele? Nananinanão.

Coloquei a água no copo e tomei, sentindo umas pontadas na barriga. Só aumentava cada vez mais e eu olhei pra baixo, arregalando os olhos.

Clara: Ramon! - Gritei um vapor do Ret, que veio até mim.

Ramon: Porra dona, se mijou? - Arqueou a sobrancelha e eu encarei ele.

Clara: A minha bolsa, seu burro! - Berrei.

Ramon: Tá lá em cima patroa, vai sair?

Clara: O meu filho tá nascendo, Ramon! - Falei alto e ele arregalou os olhos.

Ramon: Caralho dona! O que que eu faço!?

Clara: Me leva pro hospital, né!? - Falei sentindo o corpo enfraquecer.

Ele me apoiou em seu ombro e me levou cuidadosamente pro carro. Porra, logo agora!?

Ramon acelerou pro hospital e gritou os enfermeiros, que em questão de segundos já estavam me encaminhando pra sala.

A dor foi ficando cada vez mais forte e eu senti a dor de cabeça vindo. Porra, não sei se tô parindo ou tomando três tiros na barriga!

???: Vamos lá mamãe, agora você precisa ficar acordada e colocar força pro seu bebê nascer! - Falou segurando minha mão.

Nosso show. | Filipe Ret.Onde histórias criam vida. Descubra agora