Ventum

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Já tem um tempo que não escrevo,
Talvez seja porque vou escrever coisas fortes demais para serem lidas por mentes fracas.

Meus pensamentos não são simples,
Se fossem lidos,
Seriam interpretados de forma errada,
Talvez como heresia ou rebeldia,
mas são desabafos,
Aos quais guardo a mim,
Pois não há quem queira ouvi-los.

Afinal,
Quem sou eu?
Um simples poeta,
O qual tem de tudo,
E ao mesmo tempo não possui nada.

Me perdoem se lhes canso com essas prosas,
É que elas não doem em vocês como doem em mim.

Choro eu,
O papel me escuta,
E a caneta me aconselha.

Não vivo minha própria vida,
Minha existência se resume a isso.

"Para que todo esse talento,
Se escrevo e ninguém lê,
Se falo e ninguém me escuta?
Se Deus não quisesse,
Por que então não nasci mudo?"
Se fosse ele tão sábio assim,
Saberia que a sabedoria só se torna útil quando nos tornamos velhos e já não podemos usar nenhum de nossos próprios conselhos.

Somos falhos quando não somos como querem que sejamos.
Mentirosos, quando contamos verdades que ferem seus egos.
Mortos, quando dizemos o que pensam mas não falam.

Não há nada que me impeça de sentir,
Pois então sinto,
Escrevo,
Torno meus pensamentos sem forma em forma de poema,
Poetizo o que penso,
E digo o que não devo.

Meu Eu sentimentalOnde histórias criam vida. Descubra agora