Londres, Inglaterra, Reino de Hogwarts
10 de setembro de 2009
3:50 da manhã
Para a surpresa de muitos moradores de outros reinos, Draco Malfoy era um herdeiro que gostava de trabalhar. Na verdade, ele fazia questão. O garoto tinha crescido observando os pais sempre serem ativos no reino, criando aulas e eventos, organizando doações, planejando novas escolas e, de fato, ajudando a construí-las – ele sempre ria sozinho quando lembrava do pai ajudando na construção e da mãe cortando o cabelo em um tamanho inesperadamente curto com a justificativa de que o tamanho só a atrapalhava. O garoto então se tornou um homem, no mínimo, admirável. E nada humilde, mas ninguém era perfeito. Com dezesseis anos Draco ameaçou fazer greve de fome até que o Conselho autorizasse sua ida para a faculdade de Medicina e com vinte e três anos não precisou mais do que um olhar seu para garantir que faria aquilo, que seria médico e que seria capaz de passar por cima de qualquer juramento caso algum Conselheiro o irritasse com um caminho diferente.
O Conselho existia para permitir que a família real não fizesse qualquer absurdo ou tomasse qualquer decisão imprudente, mas eles realmente tinham aprendido que Draco Malfoy podia cuidar muito bem de si mesmo, obrigado.
Todos em Hogwarts conheciam o herdeiro, sabiam muito bem o Rei que teriam e estavam plenamente satisfeitos com isso. Tentavam não o encarar na rua quando o viam acompanhado dos guardas que não podia dispensar e expressava gratidão pelo homem teimoso que tinha se tornado. Draco não dispensava o salário do hospital, recebia como qualquer um só por garantia e então entregava tudo nas mãos de Luna, amiga e assistente maluca, deixando-o comprar ou pagar o que quisesse. Consequentemente, era comum ver a srta. Luna Lovegood andar sem rumo pelas ruas movimentadas buscando um alvo necessitado que, apesar das Leis, não recebia ajuda financeira o suficiente. Com isso, o herdeiro já tinha pagado por material escolar de incontáveis crianças, o tratamento de diabete de um homem exilado do Sul, roupas extras para um orfanato, dado uma casa e um emprego para um mendigo que se escondia na fronteira e adotado quinze cães, sete gatos, onze cobras e um velho casal de hamsters que ninguém queria por causa dos custos. Nenhum dos animais estava sob seus cuidados, que fique claro, cada um tinha um lar e ele simplesmente pagava os gastos.
Os jornais de outros reinos diziam que ele fazia isso para compensar a ausência de filhos, mas Hogwarts não era conhecida por sua lealdade à toa, então Draco ficava feliz ao notar que aqueles jornais nunca podiam ser encontrados em seu reino. Ninguém, além dele mesmo, usava isso contra ele.
O príncipe alfa respirou fundo antes de jogar no lixo mais um teste de uma fecundação in vitro. Esfregou os olhos de forma cansada e, em seguida, passou as mãos pelos cabelos extremamente loiros, tentando ficar apresentável mesmo tão próximo do fim do seu plantão. Hogwarts raramente tinha madrugadas agitadas, então ele quase sentiu a alma abandonando seu corpo quando Blaise Zabini invadiu sua sala depois de praticamente derrubar a porta.
― Santo Merlin, Zabini! ― resmungou massageando o peito ― Quem tá morrendo?!
― Precisamos de você na cirurgia ― Zabini soltou ofegante e de olhos arregalados ― Temos um ferimento a faca em um ômega grávido.
Imediatamente Draco sentiu o coração voltar a bater tão rápido quanto no momento do susto. A infertilidade ainda era um problema, um ômega grávido ainda era uma raridade.
― Onde? Quem tá com ele? ― exigiu saber já saindo da sala.
― Parkinson. Ele já foi levado pra sala de cirurgia, mas tá muito assustado e Pansy não quer dar uma anestesia geral naquele estado e comprometer os dois.
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A Era Dourada
Fanfiction[EM BREVE} Hogwarts não é um lugar para contos de fadas, pelo menos era o que diziam. A Era Dourada estava em risco de novo, como sempre esteve. Dessa vez, a esperança entrou no hospital às 3:45 da manhã com uma facada no estomago e o futuro no ven...