Capítulo - 2

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Violet

Parece que hoje realmente não é o meu dia, pisei em cocô de cachorro no caminho, cheguei atrasada, caí três vezes na barra e ainda tem esse machão idiota na minha frente.

-- Ta tudo bem Joe, vou levar esse gentil senhor até a sala do senhor Hampton - vou tirar um bom proveito disso

Quem ele pensa que é pra me chamar de vadia? Homens, alguns tão gostosos, mas são burros e imaturos.

Dou-lhe espaço para entrar na sala e logo em seguida vejo o seu corpo paralisar diante do meu enorme retrato na parede.

-- Nem tive tempo de me apresentar - sorrio maldosa e sento na minha cadeira - Sou Violet Hampton dona da boate, sente-se, por favor.

Lúcian - Deveria ter me falado no início.

-- Eu gosto de surpresas - consigo ver o ódio nos seus olhos - Bem, agora que estamos na minha sala eu repetirei o que havia lhe dito na pista de dança. A minha boate não está a venda.

Lúcian - Tudo tem um preço senhorita Hampton, só basta me dar o seu.

-- Infelizmente nem tudo é como pensa senhor Lúcian.

Esse nome não me é estranho.

Lúcian - É o que veremos senhorita - ele fica de pé

-- Isso foi uma ameaça?

Lúcian- Nem tudo é como pensa senhorita Hampton - ele sai batendo a porta

-- Babaca. - respiro fundo

Pelo menos pude ter o gostinho da vitória. Esses homens machistas acham que é preciso ter um saco pra abrir uma boate.

Minha boate é a única coisa que me restou do meu avô, Heitan Hampton, ele queria que eu fizesse o que eu mais amava, então, larguei a faculdade de história da arte e fiz aulas de pole dance, obviamente a minha mãe ficou furiosa mas, essa história é pra outro dia.

Ouço batidas na porta.

Lia - Senhorita Vie? Vim saber como está.

-- Está tudo bem Lia, só mais um machista querendo comprar a minha boate.

Lia - Eu o conheço, é o dono da outra boate aqui perto.

-- Bem que lembrei ter ouvido esse nome em algum lugar. Bom parece que ele não gosta de concorrência.

Lia - Não mesmo, muita gente diz que ele é perigoso.

-- Com certeza deve ser só mais um mimadinho do papai, nada com o que se preocupar.

Lia - Não sei não, ele parece tão assustador, mas claro, um assustador bem gostoso. - rimos

-- Ele até que é bonitinho. - adoro homens de terno

Conversamos mais um pouco e eu volto para casa.

No caminho eu tenho uma sensação estranha, como se estivesse sendo observada por alguém.

Ao chegar em casa vejo algumas mensagens que a minha mãe me enviou.

-- Eu respondo depois.

Falar com a minha mãe é...complicado, sempre acabamos discutindo.

Dedico algumas horas antes de abrir a boate inteiramente pra mim. Aos poucos está ficando cheia, e eu fico tão feliz em ver aquilo.

Meu celular toca

Lexie - Sabe, uma vez me disseram que a melhor amiga da dona de uma boate pode beber o quanto quiser por conta da casa.

-- Só na sua imaginação - rimos

Lexie e eu nos conhecemos na faculdade, ela é um amor, o tipo de amiga que topa ir pra qualquer lugar que você imaginar.

Lexie - Olha só se eu sair de casa e não ver você dançar eu nunca mais piso lá.

-- Não posso prometer - cantarolo

Lexie - Se você tem um poder deve usá-lo.

-- Que poder Lexie? É um só estilo de dança.

Lexie - Um estilo de dança muito sexy.

Lexie me apoiou muito na minha decisão sobre largar a faculdade. Eu era rodeada de pessoas que achava que eram os meus amigos, mas apenas ela ficou comigo.

-- Tenho que desligar depois nos falamos. - desligo e começo a me arrumar

Preciso estár apresentável para os meus clientes.

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