Capítulo 3

362 27 2
                                    

Arrumei a mesa e fomos colocando a comida nos pratos. Nos sentamos e começamos a comer.

-Pronta pra amanhã Kar? - Pergunta.

- Não estou tão confiante assim, mas apesar do nervosismo eu vou arriscar. - Falo com pouca certeza.

- Eu sei que você vai dar conta e não fica assim que se você tiver alguma dúvida pode falar comigo também. - Ela fala apertando a minha mão me passando confiança.

- Obrigada amiga. - E dou um sorriso pra ela.

Terminámos de almoçar e vamos pra sala, ficamos assistindo e conversando. Quando demos por nós já está na hora do jantar, mas como estávamos com preguiça decidimos pedir pizza e coca.
Jantamos a pizza e já estou com sono.

- Eu acho que já vou dormir, estou quebrada hein. - Falo esticando o corpo e escutando uma costela estalar.

- Você está velha isso sim. Durma bem. - Ela diz rindo.

- Folgada hein. Você também, amanhã coleguinha. - Estou ansiosa.

Vou pra o meu quarto e é melhor preparar a roupa para não atrasar amanhã. Separo um terninho azul escuro e uns saltos pretos, separo uma bolsa a combinar e está tudo certo.
Coloco meu pijama, e me arrumo para dormir, mas meu telefone começa a tocar. Olho para a tela e vejo que é a mamãe.

- Oi mamãe.

- Karoline, tentei falar com você o dia todo. - Ela diz.

- Meu celular estava no silêncio, desculpa mãe. - Falo não querendo dar explicações.

- Tudo bem. Como você está? - Pergunta.

- Estou bem mãe e você? - Pergunto.

- A gente está bem. Seu irmão quer passar o final de semana com você. - Ela fala me deixando surpresa.

- Sim, ele falou comigo a respeito. Só não pode ser agora, vou começar o estágio e preciso me acostumar à rotina primeiro. - Falo já esperando a bronca.

- Estágio? Mas não era pra você estagiar na nossa empresa? Onde você vai estagiar? - Pergunta brava.

- Mãe, eu não quero depender de vocês o tempo todo, quero conseguir minhas próprias coisas. Não me entenda mal, eu só quero conseguir me virar e ter o que é meu. - Falo com cautela.

- Mas você é uma ingrata mesmo, sempre te demos tudo e até hoje ainda pagamos as suas contas, o que custava vir aqui trabalhar com seu pai? Nem parece ser nossa filha, aqui você tem todo o luxo, mas prefere viver como uma qualquer. - Fala destilando seu veneno e já começa me magoando.

- Por favor mãe, pára com isso. Eu não estou pedindo permissão, vou fazer e eu começo já amanhã. - Falo decidida.

- Faça o que você quiser, mas fique sabendo que eu e seu pai não vamos mais mandar dinheiro pra você, pra ver se ganha um juízo nessa cabeça. Você pensa que vai longe, 25 anos e até agora não terminou a universidade, é nesse seu anda e para que vai acabar pobre e não vai a lado nenhum. - Ela fala e ao fundo começo a ouvir a voz do meu pai.

- Karoline, é isso mesmo que você quer para o seu futuro? Trabalhar pra outra pessoa quando tem um império aqui te esperando? - Fala papai.

- Eu sei o que eu quero e vou lutar para que tudo dê certo, com ou sem a vossa ajuda e aprovação. - Falo.

- Eu vou cortar sua pesada, já que é dona de si, faça o que achar melhor. Depois não venha aqui chorar. - Papai fala todo rude e eu desabo.

- Tenham uma boa noite. - Falo e desligo.

Não solte a minha mão Onde histórias criam vida. Descubra agora