Capítulo 10

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Pov: Jordan Callihan

O dia foi arrastado por reuniões, tive que me virar sozinho por que Karoline foi-se embora. Não fiquei chateado, ela estava no seu direito, no meu lugar também não iria querer ver a cara dela.

Saio da última reunião exausto e vou p'ra minha sala. Abro a porta e vejo William na minha cadeira, todo largado com o telefone na mão.

Deixo o laptop na mesa, organizo os papéis que estavam espalhados e pego meus documentos. Vou p'ra casa, o dia foi muito pesado. Parece que William nota minha presença e fica me encarando.

- Que foi? - Pergunto meio irritado.

- Não posso mais apreciar sua beleza amor? - Pousa o telefone e me encara.

- Cara, pára com isso. Não estou no clíma. - Me sento no sofá que tem na minha sala.

- Que mau humor. O que deu em você? - Ele faz uma careta.

- Minha mãe esteve aqui e adivinha só, ela disse que tinha uma surpresa para mim, disse que era uma pessoa... - Falo e ele franze o cenho.

- Karoline... Cara! - Fala passando a mão no cabelo. - Como ela reagiu? Deve ter sido um baque para ela.

- Ela saiu soltando fogo, e ela deve estar pensando besteiras à essa altura. - Bufo.

- Você já tentou ligar p'ra ela? Tentar se explicar? - Pergunta.

- Tentei ligar, chamava, mas agora só dá na caixa postal. - Falo cansado.

- Cara, te avisei muitas vezes, mas você é um teimoso dos grandes, poderia ter evitado isso. - Diz.

- Vou p'ra casa primeiro, preciso tomar um banho e relaxar, depois eu procuro ela e esclareço as coisas. Se eu for a procura dela agora vamos acabar brigando. - Me levanto.

Pego alguns documentos que vou analisar em casa, preciso me distrair. Pego as chaves do carro e o laptop.

- Quando sair daqui fecha a porta e sem bagunça na minha sala. - Falo para William.

- Falando assim me faz sentir uma criança. - Dá uma girada com a cadeira. - Vou cair fora, passar o final de semana com meus pais, queria sair com a gata, mas eu sei que não terá saída, ela vai ter que cuidar da Karoline... Cara, vê se resolve logo essa situação que você criou, não estrague minha vida também. - Me lança um olhar acusatório.

- Desculpa ok? Eu vou tentar consertar as coisas. - Vou andando até a porta.

- Acho bom, porque eu avisei que não ia prestar, mas você, senhor "eu sei o que estou fazendo" não escuta. - Fala fazendo aspas com os dedos e vindo atrás de mim.

- Está bem, eu entendi. Só não encha meu saco, não estou com cabeça para aturar você. - Digo.

- Assim você magoa querido. - Fala e coloca a mão no peito.

Estamos no corredor e as pessoas começam a olhar para o showzinho que ele está dando. Chamo o elevador e as portas se abrem.

Arrasto ele para dentro, não quero passar vergonha agora. Encontramos algumas pessoas nele.

- Sabe de uma coisa? Eu vou com você, não estava à fim de ficar sozinho hoje e já está tarde para pegar a estrada, então, hoje a noite será nossa, querido. - Ele só pode estar de brincadeira.

- Você está brincando não é? - Falo e ele dá uma gargalhada estranha.

- Não mesmo. Quem sabe assim você não toma juízo hein. E resolve as coisas com a nossa Kar? - Fala e dá tapinhas nas minhas costas.

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