KARA
Fui embora antes que fizesse alguma loucura na frente da escola, tinha completado dezoito anos há poucas semanas e não queria gastar meu réu primário com uma coisa Absurda como atentado ao pudor. Fiz todo o caminho para casa sem prestar atenção, pois consegui me afastar fisicamente dela, mas minha memória repetia várias vezes sua voz me pedindo por favor. Imaginei aquela delícia de mulher me pedindo por favor em situações completamente diferentes, e uma tensão tomou conta do meu corpo. Somente o corpo dela me relaxaria, e eu não via a hora. Estaríamos sozinhas em casa, então fiz questão de arrumar o máximo que pude do meu quarto, pois se dependesse de mim, nós não sairíamos dele. Caprichei muito quando me vesti para ela, queria que Ana ficasse fora de controle perto de mim, queria ver fogo em seus olhos e quería armar um incêndio quando a tocasse.
Seria mentira se dissesse não estar nervosa, eu estava, e muito. Há muito tempo ninguém me fazia sentir daquele jeito, a ponto de minhas mãos suarem. Já tinham se passado uma hora e meia, a ansiedade não me deixava ficar parada, tirei e coloquei as coisas no lugar várias vezes, coloquei música, tirei. Coloquei uma série e tirei também, o que tinha de errado comigo? Ana era só uma garota comum, como todas as outras no resto do mundo. Me sentei na beirada da cama e puxei minha respiração lentamente. Uma, duas, três vezes e a campanhia tocou. Pulei da cama como se ela estivesse em chamas e corri para atendê-la.
Retiro o que disse, Ana não chegava nem perto de ser uma garota comum. Parecia muito mais com uma deusa ou algo assim. De jeans skinny de lavagem clara, cropped preto com uma frase interessante: "Fuck Yeah baby", a mochila pendendo de um dos ombros, e os cabelos soltos, dando um ar bem selvagem, o que contrastava com a expressão angelical que ela carregava. Notei que ela prendeu a respiração quando me viu, seus olhos me varreram da cabeça aos pés e sua mão apertou mais a alça da mochila. Senti meu controle voltar e dei um passo para o lado.
- Entra. - Ao passar por mim, Seu cheiro floral tomou o ambiente, minha vontade era de arrastar o nariz por sua pele, mas fiz a fina. - Você quer beber alguma coisa? Água, suco?
- Sério? - Sua sobrancelha se ergueu, e tive de me conter para não rir. Dei de ombros casualmente. - Não quero nada, obrigada.
- Tudo bem. - Estendi a mão para ela, que rapidamente tentou segurá-la, balancei a cabeça. - Sua mochila, linda, para eu guardar. - A cara de frustração da garota foi imediata, e dessa vez eu soltei um riso.
- Até quando vai fazer esse joguinho? - Ana se aproximou perigosamente, mas notei que não tentou encostar em mim. - Te excita saber que quero por minhas mãos em você, Kara?
- Você não imagina o quanto. - Estendi a mão para afastar seu cabelo do rosto e prendi meus olhos aos dela. - Me deixa molhada saber que a única coisa que te impede de me tocar, é a minha palavra. - Colei meu nariz ao dela e senti seu corpo tremer em expectativa, mas Ana não se mexeu. - Gosto muito do poder que você me dá.
- Esse seu jeito dominante me deixa maluca. - Sua confissão me fez latejar. - Eu quero tanto você em mim.
- Porra, Ana.
Não consegui manter a postura por mais tempo. Tomei sua boca com fome e fui retribuida. Entrelacei meus dedos em seus cabelos com uma mão e com a outra segurei em sua cintura, puxando-a contra meu corpo. Minha língua invadiu sua boca, ávida por devorá-la, ela tinha gosto de menta, e eu queria mais e mais. Seu gemido fraco reverberou por todo meu corpo, fazendo-me beijá-la com ainda mais vontade, e o calor que sentia aumentou tanto que chegava a ser insuportável. Puxei sua cabeça para trás, mordendo seu lábio inferior no processo. Ana gemeu de novo, abrindo os olhos quando parei o beijo.
- Eu quero mais. - Aquela voz sussurrada, rouca, por Deus. Ana tentou me beijar novamente, mas dei um passo para trás. - Kara, não faz assim. - Maldita gostosa.
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Não Toque
RomanceDuas jovens e muita tensão sexual. Kara é a novata caladona, que chama atenção mesmo de quem não quer. Ana é aquela mocinha quieta e super dedicada, sua maior prioridade é passar no vestibular. Só que juntas, outras prioridades aparecem. * * * Um r...