Capítulo 1

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Respirando fundo ao escutar mais uma negativa de uma empresa para colocar a proteção contra furacões nas janelas de sua casa, Dulce cerrou os dentes ao escutar seu vizinho assobiar animadamente enquanto arrumava uma madeira na janela e tentou ignorá-lo enquanto voltava a andar pelo jardim e procurava o contato de mais uma empresa.

Com um furacão se aproximando de Fort Lauderdale, Dulce tentava se manter o mais calma possível para enfrentar aquilo pela primeira vez. Havia se mudado para a cidade no sul da Flórida há poucos meses e apesar de ter morado em algumas outras cidades dos Estados Unidos, nunca passara por nada além de uma tempestade e estava com medo por estar sozinha naquele momento.

Batendo impacientemente o pé no chão, grunhiu ao ter a chamada cancelada e ao virar-se para voltar para dentro de casa, assustou-se ao ver seu vizinho encostado em sua cerca olhando-a com um sorriso debochado nos lábios.

Quando se mudara para aquela casa há poucos meses, de pronto fora recebida com o som alto da casa ao lado e ao se apresentar como nova moradora e pedir para ele abaixar o som, recebera uma negativa e uma porta fechada em sua cara e desde então trocavam alfinetadas sempre que se viam.

Não podia negar que se sentia atraída por ele e que sentia seu corpo pegar fogo sempre que estavam próximos, mas ao mesmo tempo ele lhe irritava completamente e odiava ver que ele parecia gostar da sua irritação.

Dul: Está olhando o que, Christopher?

Ucker: Os seus seios gostosos nessa camisola. Bom dia, vizinha!

Dulce arregalou os olhos ao vê-lo piscar e cobriu o colo com os braços enquanto corava e o escutava rir. Havia esquecido completamente que estava apenas com uma camisola de renda e nem sequer imaginara que ele estivesse prestando atenção em si.

Já estava acostumada com os elogios nada delicados dele e repreendia-se mentalmente sempre que sentia sua pele se arrepiar com aquilo, com o som da voz dele ou com um olhar nada discreto que passeava com gosto por seu corpo.

Ucker: Belos seios. Agora que tal se aproximar mais um pouquinho para eu olhar melhor a sua bunda e a sua virilha? Não usa calcinha?

Dul: Deixa de ser tarado, Christopher!

Cobrindo os seios com um dos braços e levando a outra mão para cobrir a virilha, cerrou os dentes ao escutar ele ir.

Ucker: Desculpa, mas não tinha como não olhar. Pra quem sempre dorme sozinha, você dorme bem gostosinha, hein?

Dul: Está cuidando da minha vida? (arqueou uma sobrancelha e o viu dar de ombros)

Ucker: Como não reparar que você nunca recebe ninguém em casa?

Dul: E só por causa disso eu tenho que dormir de qualquer jeito?

Ucker: Não estou reclamando não, gata! Com todo respeito, você é gostosa pra caralho estando vestida, mas fica mil vezes mais gostosa com essa camisola transparente. Agora, faz um favor pra mim? Cubra esse seu belo corpo e volte aqui pra conversarmos ou o meu pau vai acabar furando a madeira dessa cerca de tão duro que ele está ficando.

Dulce arregalou os olhos ao imaginá-lo daquela forma e prontamente voltou correndo pra dentro de casa para que pudesse pegar o robe de seda que estava no sofá. Sentia-se extremamente constrangida por ele tê-la visto vestida daquela forma e esperava que mais nenhum vizinho tivesse presenciado aquilo.

Sentindo seu rosto corado, amarrou com força o laço do robe em sua cintura e abraçando o próprio corpo, voltou até Christopher que continuava debruçado na cerca.

Hurricane - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora