Emperie - Ester Al-Khelaïfi

Capitulo 36

3 anos depois
Ester Al-Khelaïfi

— então... oque viemos fazer aqui?— Ester pergunta me encarando e logo em seguida pega sua taça de vinho tinto

— achei que precisasse relaxar por alguns dias — digo, ela sorrir de canto

— e oque te faria pensar nisso? — diz se inclinando pra frente descansando os cotovelos na mesa, meus olhos encararam seus braços e me forço a não encarar o maldito decote

Limpei a garganta — não temos momentos como esses a bastante tempo —.

— a bastante tempo não tínhamos filho, acho que é isso que você quer dizer — diz dando de ombros

— tá me culpando por te engravidar? — pergunto bufando uma risada

Ela forçou um sorriso — sim, estou — ela pisca pra mim logo em seguida virando toda sua taça de vinho

— Antonio saberá disso quando for mais velho — digo fazendo ela gargalhar

— saberá também que você enrolou a mãe dele por bastante tempo — retrucou

Eu sorrir negando com a cabeça — casa comigo — retruquei de volta

— isso foi um pedido? — diz fazendo careta

Neguei lentamente molhando os lábios, mordi o canto da boca antes de falar: — não... foi uma ordem —.

Pov: Ester Al-khelaïfi

Depois do almoço pegamos a estrada e fazia tempos que eu não ficava sozinha com Carlos, estamos trabalhando tanto e bom, eu só o vejo uma vez ao mês ou nas férias de verão

Bom.. eu também não ando tendo tanto tempo assim, passo mais tempo tentando administrar uma empresa e tentando ser uma mãe presente

Por sorte Antonio é uma criança tão amada que ele nunca se sente sozinho, está sempre rodeado de avôs, tios e amigos na creche e no final do dia tem eu e sainz pelo FaceTime.

Carlos me disse que precisava passar em um lugar primeiro, passamos por um enorme muro de pedras grandes acinzentado um portão de madeira foi aberto e continuei encarando as flores e algumas árvores que cercavam um caminho de estrada de pedras

Encarei tudo atentamente, quando a Ferrari 812 de sainz parou em frente a uma casa, parecia uma casa de verão, as lacunas grandes de mármore e uma grande varanda livre

O motor foi desligado, ele se virou pra mim — não precisa descer se quiser.—

Encarei ele e logo em seguida encarei a mulher que estava na porta da frente com uma pasta na mão, mas não disse nada, tirei o cinto e abrir a porta do carro

A saia à lápis marcando bem seus quadris e o blazer bem ajustado, os cabelos espalhados partidos ao meio e a maquiagem leve

Encarei sainz que sorriu quando se aproximou dela, rolei os olhos diante da situação - não bastava encontrar com ela às escondidas quando voltava pra casa, tem que me colocar no mesmo lugar? -

Ela o cumprimentou, ambos se abraçaram e a mulher manteve seus lábios rosê arregacados e eu tinha vontade de arrancar dente por dente, tagarelaram por uns segundos que pareciam uma eternidade

— há você deve ser a Ester — a ruiva diz animada

Olhei por cima dos cílios enquanto segurava meu celular e encarei sainz antes de voltar minha atenção pra ruiva

Suspirei fundo ignorando qualquer coisa que viesse dela mas ele ainda me encarava atentamente como se estivesse esperando que eu seja simpática

Sério? Ela o cumprimentou me viu chegar e simplesmente cagou e então agora deseja minha simpatia - nem depois de morta -

dei um sorriso sem mostrar os dentes pra ele que sabe muito bem que eu não irei respondê-la

— sim, ela é quem eu falei pra você, Maya — ele responde trocando olhares entre eu e ela

A loira suspirou fundo — fiquem a vontade por favor —diz rapidamente como se entendesse a guerra silenciosa que acontecia entre eu e o espanhol

— qualquer coisa estarei na aqui fora — ela diz antes de virar as costas

continuei encarando sainz que não desfiou o olhar, ouvir o barulho do salto fino da mulher sumir por sabe lá Deus onde

Ele sorriu — não é oque você tá pensando —.

— eu não tô pensando em nada — retruquei, passando por ele enquanto terminava de responder algumas mensagens

Ele agarrou meu braço gentilmente — sabe que eu nunca colocaria outra a cima de você —.

— bom, eu fui amante então... não sei se devo esperar muita coisa.—

— Ester — rosna, vou pro lado ao contrario da mulher e desapareço.

Já estava quase anoitecendo, assim que voltamos pro hotel eu acabei dormindo e Carlos também

Peguei meu celular do carregador e caminhei até a sala, liguei pra Lucas rapidamente esperei dois toques e logo ele atendeu

Lucas: Tonton, é a mamãe.

E então Lucas vira a câmera mostrando a mini versão do sainz deitado no chão com Manu, Vivianne e Túlio

Eu: eiii, oque tão fazendo?

Manu: seu filho obrigou a gente a fazer uma sessão de cinema

Vivianne : Ah e ele já me fez ligar pro Tom Holland três vezes

Eu sorrir, Antonio é apaixonado pelo homem aranha.

Lucas colocou o celular na frente de antonio, o cabelo preto liso totalmente bagunçando em seu rosto - ele se parece tanto com o pai que me dá raiva -

Eu: oi meu amor

Ele sorriu tímido escondendo o rosto fazendo todos nós sorrir

Eu: estarei em casa logo, eu prometo, te amo!

Antonio: te amo mamãe

E então beijou a tela do celular me fazendo sorrir.

Carlos entrou na sala se aproximando: então você só ama ela?

Sainz fez uma cara triste e então continuo: bom, acho que vou ter que doar todos seus capacetes de corrida e brinquedos

Antonio sorriu animado agarrando o celular da mão de Lucas: eu te amo mais papai

Todos nós gargalhamos e então me despedir e logo desliguei o celular.

E me joguei no sofá, sainz foi até a cozinha e logo voltou se deitando em cima de mim, me encurralando no sofá

Começa a beijar minha têmpora trilhando até minha boca mas eu virei a tempo — sei que ainda está brava mas eu nunca mais quero que diga ou pense coisas como aquela —.

Ele me deixou um beijo demorado na bochecha e saiu de cima de mim voltando pro quarto.

Pov: Carlos sainz

Fiquei olhando o feed enquanto Ester já estava descendo, resolvi esperar no carro, alguns amigos estão na Itália e então marcamos de nos encontramos em uma balada

o barulho do salto chamou minha atenção então erguei os olhos observando Ester, que porra é essa.

— de onde isso saiu — apontei pra suas roupas

Ela encarou toda a roupa e deu de ombros mas não me respondeu, me aproximei imprensando aquele diabo na porta do carro

ela tava usando um vestido transparente e parecia que estava de biquíni por baixo, como que as pessoas compram isso? ela só pode tá de brincadeira.

— Ester — chamei — de onde saiu?—.

Ela me encara sorrindo — você não é meu pai — eu bufei uma risada — e isso é Mugler 2020 —.

Ignorei sua última frase — não... não sou.. — acaricie seu rosto centímetros de seus lábios entre abertos — mas eu ainda sou a porra do seu homem.—

— meu homem? — ela sorriu de canto virando o rosto pro lado — prove.—