Capítulo 35

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Alguns meses depois
Pov: Ester

— onde que ele tá — eu disse entre gemidos de dor

Meu pai segurou minha mão fortemente enquanto eu chorava querendo que a aquela dor sumisse

— ele me disse que não perderia esse momento pai — choraminguei encarando meu pai que me lançou um olhar triste

— ele não vai filha, é o momento mais importante da vida de vocês dois, ele vai chegar a tempo — diz, eu nego com a cabeça desesperadamente

— a corrida foi paralisada a vinte minutos senhor — Kevin cochichou no ouvido do meu pai, encarei Lucas rapidamente que assentiu

— e onde diabos ele está? — gritei

Uma porta foi aberta brutalmente e encarei sainz passar por ela apressado vindo até mim

— Jesus, me desculpa ter feito você esperar, eu vim o mais rápido que eu pude — se explicou — eu nunca te deixaria sozinha nesse momento — continua enquanto beija minha mão

Ele tava usando o macacão ainda, olhei pra trás dele vendo quase todos do grid no quarto — saíram todos no meio da corrida? — gritei incrédula e ele assentiu

Carlos encara o povo atrás dele e se vira pra mim, mas antes que ele diga alguma coisa a enfermeira enxota todos pra fora os fazendo esperar na recepção

Eu rir antes de uma próxima dilatação vim, respirei fundo, sainz limpou a minha testa com um lenço e eu comecei a chorar de novo negando com a cabeça

— eu tô exausta — sussurrei — eu tô exaus— gritei de dor outra vez e a enfermeira anuncia então uma última dilatação.

Pov: carlos sainz

Troquei de roupa e entrei com ela na sala de parto, encarei todo seu rosto perfeito, ela ia da a luz ao nosso filho e continuava perfeita como todos esses meses

Parecia que iria a uma reunião do outro lado do mundo ou em um jantar comigo

— preciso que seja forte agora — murmurei em sua bochecha antes de deixar um beijo

Depois de 10 minutos Ester segurava minha mão tão forte que eu temia nunca mais voltar a dirigir, ela gritava, seu choro misturado com cansaço, Jesus meu coração tava apertado em ver ela sofrendo tanto

Depois de 2 horas finalmente escutei o choro do bebê, meus olhos marejaram e a sensação de ter ganhado a maior vitória da minha vida transbordou

É uma sensação incrível, leve e boa, última vez que eu sentir essa sensação foi quando estive com Ester em monza naquela boate

A enfermeira entregou o bebê por alguns minutos e então ficamos admirando ele, Ester me lançava olhares a cada dois segundos

Ela sorria e voltava encarar nosso filho, ela tá sentindo a mesma sensação que eu agora

— ele é a coisa mais linda do mundo inteiro — ela diz passando seus dedos delicados pelo rosto e depois nariz — obrigado — sussurrou me olhando agora

Eu não consigo expressar uma fala, estou em choque, estou feliz

A beijei no rosto — eu te amo.—

Depois que a enfermeira pegou o bebê para da banho e então Ester teve que voltar pro quarto eu corri pra da a notícia

Olhei de relance pra todos na recepção privada do hospital — é um menino — gritei

Todos vieram me parabenizar sorrindo e comemorando, abracei charles tão forte que foi o primeiro a vim correndo me abraçar e logo depois lewis e lando

Depois de abraçar quase todo o grid foi a vez dos meus pais, meu pai me deu dois tapas nas costas e me empurrou de volta pra frente pra me dá uma boa olhada, os olhos marejados

— estou feliz— ambos sorrimos com os olhos cheios de lágrimas

— eu sou avô— gritou, o pai de Ester me parabenizou e então meu pai o puxou de lado — somos avôs, Nasser — comemorou novamente

Eu queria rir porque a um tempo atrás meu pai odiava Ester e a ideia de eu sonhar em ter uma família com ela

Mas depois que anunciamos a gravidez meu pai passou a compreender algumas coisas inclusive meu sentimento por ela.

Pov: Ester

Gemi baixinho com a dor que ainda sentia e abrir os olhos devagar com a claridade, olhei pro lado vendo a enfermeira entrar no quarto indo até o berço

— a senhorita pode pega-ló se quiser — ela diz — mas com cuidado, você não pode fazer muita esforço ainda — acrescenta

Eu assinto e ela me entrega meu filho, eu admiro todo seu rostinho meus lábios se formam em um sorriso de canto, Jesus, anos atrás se alguém me falasse que eu seria mãe eu morreria

Um barulho chama minha atenção então eu encaro a enfermeira rapidamente que sai disparada pra fora tentando conter

Assim que a porta se abre vejo todos entrarem de uma vez se espremendo pela porta, meu sorriso se abre mais ainda

— se comportem pelo amor de Deus — sussurrei enquanto balanço meu pequeno sainz

Kai sorriu — desculpa, não deixaram a gente entrar então, demos um jeito — diz dando de ombros

Sainz passa por ele vindo até mim

— na verdade ele deu um jeito — chilly diz apontando pra Carlos e então vozes tomam conta do lugar outra vez

— gente, gente — gritei apontando pro meu filho e então todos se aproximaram ficando em volta da cama

Os meninos do grid estavam espalhados entre os meninos do chelsea, todos babando numa única pessoinha

— quem diria, que você seria mãe — ouço Jorginho dizer, eu sorrio — acho que mudei de ideia — digo piscando pra ele

— ele tem um nome? — Lando pergunta

Encaro sainz que já está me olhando de volta — você pode escolher — murmurei, sainz suspirou fundo pensativo encarando nosso filho

— porque não o chamamos de Antonio? — sugiro — era o nome do seu avô, não era? — continuo

Carlos concorda lentamente enquanto vejo algumas lágrimas em seu rosto, beijo sua testa e encaro a porta vendo seu pai chorar e Reyes me dá um sorriso de conforto, as irmãs dele também estão as lágrimas

Eu queria que fosse um nome importante pra ele, sempre me conta de seu avô então.. não custa nada eu fazer essa homenagem a eles.

Meu pai se senta ao meu lado na cama e Beija o topo da minha cabeça — bom trabalho querida — diz — ele é lindo— completa.

Emperie - Ester Al-KhelaïfiOnde histórias criam vida. Descubra agora