Jooheon conheceu Minhyuk no Tinder e a conexão entre os dois foi imediata. Os flertes iam e vinham até que os dois marcam de se encontrar pela primeira vez em um festival de halloween. E, tentando impressionar Minhyuk, Jooheon oculta um pequeno deta...
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– Às vezes nem eu acredito no quão azarado eu sou – Jooheon lamentou, se jogando no sofá da república. Nas mãos, carregava seu celular como um prêmio por seu papel de palhaço.
– Qual foi a falha da missão dessa vez? – Changkyun perguntou, rindo do jeito do amigo, esperando a história da vez.
A missão a que Changkyun se referia, era a “Missão Encontrar Uma Boca Para Lee Jooheon”, título escolhido por Hoseok, que se sentiu como uma espécie de guru amoroso depois de tantos conselhos, e que logo todos na República estavam usando para zoar com a cara de Jooheon porque, aparentemente, ninguém prestava naquela casa.
– Em minha defesa, dessa vez a falha não foi minha – Jooheon alertou, antes de começar. E Changkyun se ajeitou no sofá para prestar atenção.
Desde o início da semana, quando Jooheon começou a sua saga, era uma história mais sem pé nem cabeça que a outra. O drama que passava na TV era fichinha perto do que Jooheon tinha pra contar toda vez que chegava com uma fofoca diferente sobre alguém do Tinder, pois logo Jooheon percebeu que por mais que fosse ruim de papo sempre podia ter alguém muito pior.
E até aí tudo bem, quem era ele para julgar? Havia pedido conselhos justamente por não saber conversar muito bem. Isso não o impediria de seguir a conversa e ele estava muito mais que disposto a tentar se a pessoa do outro lado da tela estivesse também. No entanto, não sabia dizer se era sua falta de sorte ou se o algoritmo do Tinder tinha uma cisma com ele, que só o juntava com pessoas suspeitas, assustadoras ou muito inconvenientes.
– Tava tudo indo muito bem, sabe? – Jooheon começou, os ombros caindo, tristonho. Changkyun deu dois tapinhas nas costas do amigo, a fim de confortá-lo – Mas aí o cara do nada pediu uma foto do meu pé. DO MEU PÉ??? – A última frase saiu com uma pergunta indignada. Mas, pensando na sua própria situação, Jooheon começou a rir de desespero.
– Ah, sei lá, né? Cada um com seu fetiche. Pode ter sido só uma brincadeira também – Changkyun tentou argumentar.
– Mas e se não fosse? E se ele pegasse uma foto do meu pé pra sair vendendo pack por aí? Eu vou estar exposto e, pior, perdendo dinheiro!
Changkyun gargalhou com o jeito do amigo.
– Ok, vamos por partes – ele disse ainda risonho, tentando processar as informações. – Não acredito que tô dizendo isso, mas você só deve mandar foto, qualquer que seja, se quiser e sentir confortável. – Jooheon assentiu, como se o conselho de Changkyun fosse a coisa mais óbvia do mundo. Às vezes ele se irritava com o quanto as pessoas o viam como se ele fosse completamente ingênuo. No entanto, sabia que seu amigo só queria tranquilizá-lo – Mas será que você não está um pouquinho paranóico? Digo, até mesmo para os seus padrões? Eu nunca te vi tão nervoso assim, nem quando você conseguiu ir no fansign do Dreamcatcher.
Jooheon pensou um tiquinho sobre as palavras do amigo. De fato, ele sentia que, aos poucos, o seu nervosismo passava da linha do que poderia ser considerado normal e dava indícios de ser algo que Jooheon conhecia muito bem: ansiedade.
