Desfiz todas as partes do meu corpo para vocês,

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Despi minha roupa

Vesti um manto

e tirei do coração só o que vocês podiam ouvir,

aquilo que vocês não iam julgar,

aquilo que vocês podiam aceitar.

Mas eu estava feliz. de verdade. pela primeira vez em muito tempo.

Só que quando eu olho pra traz, parece que era mentira.

Parece que eu nunca vou sorrir de novo.

Parece que eu nunca fui aquela menina e vocês nunca foram aquelas pessoas que eu gostava.

Parece que eu era uma conveniência.

Eu estava ali.

Vocês aceitavam.

E estava tudo bem.

Sempre parece que é uma conveniência.

Seja aqui, seja lá.

Ninguém é verdadeiro o suficiente para amar alguém como eu.

Com o meu cabelo, com o meu corpo, com o meu coração, com a minha cabeça incessante que não para de pensar.

Eu não caibo em lugar nenhum,

então eu vou deixando pedacinhos de mim pra cada um que parece me olhar de verdade (mas muitas vezes sem me ver)

Eu lhes dou meu coração, tiro ele do meu peito com as minhas próprias mãos.

Só não me deixe ficar sozinha.

Porque quando todos saem e eu olho dentro de mim: não sobrou mais nada.

Poesia de um Coração que PartiuOnde histórias criam vida. Descubra agora