𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟑 • Casa do Vento

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SERAFINA bateu a cabeça com força contra a parede de pedras quando o Mestre Espião da Corte Noturna a pegou pelo pescoço, seus dedos fechando ao redor de sua garganta, fechando sua respiração

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SERAFINA bateu a cabeça com força contra a parede de pedras quando o Mestre Espião da Corte Noturna a pegou pelo pescoço, seus dedos fechando ao redor de sua garganta, fechando sua respiração. A dor do impacto a obrigou a fechar os olhos com força, sentindo tontura e agonia misturadas com o desespero dos pulmões que lutavam por ar.

Ela não se atreveu a tentar lutar por liberdade, sabendo que o próximo passo para ele a conter seria com uma adaga atravessando alguma parte do seu corpo. Ela sentiu algo quente escorrendo pelo couro cabeludo, no exato lugar em que ele a chocou contra a pedra fria e cortante. Sangue. O golpe a tinha machucado, e o líquido viscoso e vermelho agora manchava seus cabelos loiros, tão claros quanto a neve da Corte Invernal.

— O Grão Senhor a quer na Casa do Vento — disse ele, a voz baixa e letal como Reveladora da Verdade. — Não deve sair da propriedade em hipótese alguma, a menos que queira voltar para sua cela na Cidade Escavada.

— Não consigo — sibilou ela, a voz falhando e os olhos enchendo de lágrimas — respirar.

— Não merece estra aqui, muito menos estra viva — retrucou, apertando mais ainda a garganta delicada dela. — Mas também não conseguidos acabar de uma vez por todas com você. Por isso está aqui, a minha mercê.

Azriel sentia o ponto no pescoço de Serafina onde sua artéria principal passada. Seu ritmo estava acelerado, e se continuasse cortando seu suplemento de ar, ela desmaiaria em questão de segundos. Ele estava tentado a estrangulá-la, fazer o que nenhum deles foi capaz em anos de noturna. Acabar com a existência de um demônio traria bem ao mundo, para Velaris, para todas as outras Cortes... Entretanto, Rhys estava certo, nunca viram Serafina sequer machucar alguém inocente.

— Ficará de olho em Nesta Archeron e garantirá que ela não perca o controle — avisou, observando-a lutar por ar. Por que Serafina não lutava contra ele e tentava-o jogar para longe? — O Grão Senhor me deu liberdade para fazer com você o que eu quiser. Quando não estiver observando Nesta, passará seu tempo na biblioteca sob a Casa.

Por que ela não lutava? Azriel se perguntou novamente, sentindo o corpo pequeno e magro dela começar a amolecer. Nesse instante, ele largou Serafina, dando alguns passos para trás e assistindo o corpo dela escorregar para o chão. Ela inclinou a cabeça para a frente, tossindo enquanto esperava o oxigênio retornar aos pulmões.

Azriel viu o rastro de sangue que o corte que a pedra infligiu nela deixou na pedra. Ele apertou os punhos contra o corpo com a visão do líquido vermelho, algo ruim dentro de si remexendo e revirando seus órgãos. Ele era encarregado de torturar seus inimigos por respostas, não se importava com sangue, cortes, fraturas... Mas o sangue dela escorrendo fazia seu corpo ferver de ódio e as sombras ao seu redor se alarmarem, correndo em volta dele como loucas.

— Preste atenção — mandou, olhando-a de cima, mostrando sua superioridade à espécie dela. — É uma lenda, mas ouvi boatos de que o livro que preciso está na biblioteca. Quero de descubra como um laço de parceria pode ser quebrado.

Memento Mori 𓆩𓆪 𝐀𝐳𝐫𝐢𝐞𝐥Onde histórias criam vida. Descubra agora