𝗔𝗱𝗼𝗽𝘁𝗶𝗻𝗴 𝗹𝗼𝘃𝗲|ⁿᵒᵃʳᵗ°

𝗘𝗵𝗶𝗸𝘂

❝𝖮 𝗁𝗈𝗆𝖾𝗆 𝖾́ 𝗆𝖾𝗇𝗈𝗌 𝖺𝗎𝗍𝖾̂𝗇𝗍𝗂𝖼𝗈 𝗊𝗎𝖺𝗇𝖽𝗈 𝖿𝖺𝗅𝖺 𝗉𝗈𝗋 𝗌𝗂 𝗆𝖾𝗌𝗆𝗈. 𝖣𝖾̂ 𝖺 𝖾𝗅𝖾 𝗎𝗆𝖺 𝗆𝖺́𝗌𝖼𝖺𝗋𝖺, 𝖾 𝖾𝗅𝖾 𝗅𝗁𝖾 𝖽𝗂𝗋𝖺́ 𝖺 𝗏𝖾𝗋𝖽𝖺𝖽𝖾.❞

Oscar Wilde.

◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈

☪ ━ 𝖭𝗈𝖺𝗁'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖

Escuto uma batida na porta da minha casa e assim que eu abro a mesma, vejo a Sina parada na minha frente.

— Boa noite. No que eu posso te ajudar? — pergunto em um tom casual, fazendo ela sorrir.

— Eu estava te procurando por todo canto dessa cidade até que minha tia me deu o endereço da sua casa. — comenta e eu dou espaço para ela entrar.

— Bom, eu estou fazendo um pequeno trabalho de artesanato. — falo enquanto entramos na sala e ela vê todos os materiais decorativos.

— Ah... Agora tudo faz sentido. — diz sorrindo.

— Então, eu estava pensando na gente decorar as árvores com as fotos dos animais que estão para a adoração. — falo me sentando em frente a mesinha da sala e a Sina se senta ao meu lado. — Eu tenho as fotos deles, uma pistola de cola-quente e essas coisas vermelhas e verdes. — falo e mostro algumas fitinhas e cartolinas.

— Enfeites de Natal. — diz em um tom óbvio.

— É, isso aí! Foi o que eu disse. — falo e ela dá uma pequena risada. — Então, os convidados do Natal Animal vão escolher o enfeite do animal disponível e o William ajuda com o processo de adoção.

— Tem certeza de que você nunca foi voluntário? — pergunta analisando as decorações na mesa.

— Não, eu nunca fui. Eu apenas aprendi com a melhor. — falo sorrindo e ela me olha.

— Então, eu posso ajudar?

— Claro! Só vou pegar algo para a gente beber. — falo me levanto e vou em direção à cozinha.

Pego duas taças e uma garrafa de vinho que eu havia comprado ontem. Volto para a sala e me sento ao lado da Sina.

— Eu sou um pouco fraca para bebidas. — diz enquanto eu coloco vinho nas duas taças.

— Vai dar tudo certo. É só nenhum de nós dois bebermos muito. — falo sorrindo e ela assente.

Falar aquilo não adiantou de muita coisa, pois a cada decoração que a gente fazia, bebíamos quase todo o vinho que estava na taça.

E sim, só aquela garrafa de vinho poderia nos deixar bêbados.

— Eu só preciso colar os olhos do Adônis e pronto. — Sina diz e logo após ela me mostra o enfeite. — O que você achou?

— Precisa de mais glitter. Tem que compensar a falta de pelo do gato de alguma forma. — falo sorrindo e ela assente. — E aí, como você entrou no mundo do trabalho voluntário? O que fez você escolher isso para trabalhar?

— Eu herdei isso da minha mãe. Ela era uma cuidadora nata! Era enfermeira em tempo integral, tinha duas filhas que tinha tempo para fazer trabalho voluntário fazendo conchas para o asilo. Todo inverno na escola ela me perguntava quais crianças não tinham condições de comprar um casaco, ai ela fazia uma lista, chegava na escola mais cedo e pendurava os casacos novinhos do lado de fora da sala de aula. Sempre no anonimato... — diz e dá um pequeno sorriso.