Depois que Marcos foi raptado pela criatura esguio, o mesmo acorda assustado e desorientado. Se perguntando sobre o que tinha acontecido.
Então, ele se lembra parcialmente de certas coisas antes do clarão de luz.
E que havia um furo enorme em seu peito, mas naquele momento não havia nenhum buraco e nem marcas.
Marcos se acalma e, vê que está preso numa espécie de prisão. Aquele lugar era sujo, frio e cheirava a sangue com podridão.
Havia uma cama na parede esquerda daquele lugar e as grades eram velhas, mas extremamente fortes e rígidas.
- Socorro!! Alguém me escuta!! - Marcos grita por ajuda e apenas o silêncio permanece.
- Alguém tá aqui nesse lugar!? - Ele grita novamente, só que nada acontece.
Até que o mesmo ouve gritos de desespero de alguém ou algo. Logo em seguida, Marcos vê alguma coisa correndo de algo e passando em frente a sua cela.
Então, uma névoa vermelha passa como se fosse uma águia em fúria parecendo tentar pegar aquela pessoa.
Logo em seguida, persiste um silêncio. Mas não dura por muito tempo, aquela sensação de tranquilidade é consumida por gritos de dor e desespero.
Os gritos param e surge um som de como se estivessem dilacerando um animal e seus órgãos caindo no chão, junto com o som do sangue escorrendo e pingando.
Marcos fica assustado e horrorizado com o que estava ouvindo. Ele não aguenta e vomita no chão.
A névoa vermelha volta e aquela criatura esguio fica em frente a sua cela encarando o prisioneiro, o mesmo fica paralisado e não consegue se mover.
A besta começa a falar com uma voz distorcida, mas Marcos não compreende sua linguagem.
Notando que ele não entendia, a criatura começa a falar com um idioma talvez compreensível a ele...
- Eu me chamo de Bélyanmia... A sua linguagem é bem arcaica neste mundo. Já que não vemos mais falantes de Stronkna, há milhares de anos...
- Que tipo de linguagem vocês usam neste mundo?
- Nós usamos uma língua que no passado nós chamávamos de Draconica.
- O que vocês irão fazer comigo? Irão me matar?
- Nós vamos estudar você, já que aqui nesse mundo os stronknianos, ou melhor, os "humanos", não existem mais...
Bélyanmia saí dali e deixa Marcos novamente sozinho com os ratos. Até que o mesmo começa a passar mal e desmaia subitamente, então os servos de Bélyanmia vão e pegam-no...
Voltando para James, depois de horas.
James olha para trás e a porta está fechada. Ele tenta quebrar com a machadinha que levou, mas a porta parecia pedra de tão dura.
O mesmo desiste por ver que aquilo não quebraria.
James marca com tinta azul que aquela é a saída e vai explorando, marcando as árvores por onde passa para não se perder.
Ele acha estruturas parecidas com casas, mas ainda preservadas.
O mesmo entra e vasculha o local por curiosidade. James entra e nota que aquele local parece uma casa moderna com aspectos medieval e, mobílias do mundo dele.
Ele olha pela janela e percebe que naquele mundo anoitecia.
A névoa que só chegava aos pés começou a subir e grunhidos altos foram ouvidos por James.
O mesmo pega sua machadinha e se esconde, mas ainda conseguindo ver pela janela.
Ele vê sombras caminhando pela névoa. Não sabendo o que poderia ser, se esconde num armário e pela falta de sono adormece acidentalmente.
Horas se passam e James acorda, sai do armário e vê que já havia amanhecido.
As criaturas tinham sumido e a névoa aparentemente teria voltado na altura dos pés.
Ele se alimenta e sai da casa para explorar mais. Até que chega num local aonde a névoa some e o solo parece ter vida, já que existe grama naquela área.
As árvores secas e cinzas, ali já tem uma coloração mais viva e verde. Ele vê pegadas de pequenos animais que eram bem familiares.
Mas aquele sentimento de segurança não iria permanecer por muito tempo, a névoa vermelha aparece misteriosamente naquele lugar.
James se esconde novamente entre as árvores.
Uma criatura esguio aparece, ela sabe que ele estava atrás das árvores.
Aquela criatura tinha detalhes diferentes daquele que tinha sido avistado anteriormente.
- Eu sei que você está escondido atrás destas árvores... - A criatura tenta se comunicar.
James fica confuso e pensando de como que ele sabia que estava escondido atrás das árvores.
- Fique tranquilo, eu não vou te matar ou algo assim. Digamos que eu seja diferente dos outros e você deve estar procurando alguém ou algo, correto? Já que suas vestimentas e objetos não são deste mundo.
- Como você sabia que eu estou escondido aqui? E como você sabe que eu estou aqui em busca de alguém?
- Eu sinto sua presença por conta da névoa vermelha que está em meu controle e você tem um pouco dessa névoa em sua essência...
- O que você quis dizer com "eu tenho essa névoa em minha essência"?
- Alguém jogou algo dentro de ti ou ela entrou de alguma forma. Mas a névoa não é a única coisa que tem dentro do seu corpo...
- Como assim?
- Eu preciso ir... Vou te deixar uma coisa que irá te ajudar em sua jornada...
- E antes que eu esqueça, melhor voltar para o seu mundo e nunca mais voltar...
Então a criatura desaparece se cobrindo da névoa vermelha.
James olha para aquele objeto e nota que se assemelhava a um brinco de pressão.
Ele coloca o "brinco" e de início, não acontece nada. Até que a névoa vermelha o cobre por inteiro, dos pés a cabeça...
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