VALENTE; a única palavra digna para definir Deianyra Velaryon ╾ a única a sobreviver a sua inconstância. ❜
Em uma dança de dragões, habita uma fênix, que manchou o manto da tradição Valiriana, transformando um ovo de dragão em uma fêni...
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( CAPÍTULO CINCO )
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ENTRE O DEVER E A HONRA
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Deianyra Velaryon carregava o peso de ser a primogênita, poderia não ser um homem mas, as vertentes de seu nascimento, de sua educação a tornavam tão influente quanto um — ao menos na visão de seus pais —, pois acima de tudo, era a herdeira do legado da nobre família. Sendo irmã mais velha, esforçava-se para manter-se sob disciplina — ao menos quando seus irmãos mais novos estavam próximos —, entendia a importância de fazer-se como um exemplo, especialmente para Laena, a mocinha tão apegada a si. Para a jovem, poderia ser esquisito, o fato de sua cor de pele ter sido herdado exclusivamente de sua mãe, como maior parte de suas características físicas, como se não houvesse um pingo de sangue Velaryon, mesmo que fosse legitima.
Por motivos de nomes, heranças, sangues e pesos que com eles vinham, nossa protagonista preferia flores, poderiam reter nomes mas suas fragrâncias eram apaixonantes, independente de suas origens. Cultivou o hábito de colher flores com Laena, um passatempo em que poderiam estar juntas, escolhendo as flores prediletas para colecionar, pesquisar em grandes livros e arrumá-los em arranjos para que a mais nova entregasse à mãe.
— Quando tiver idade o suficiente, quero montar no meu dragão, como você faz com Vishkarra — a pequena Laena dissera, convicta. — Além disso, quero viajar o mundo todo e ser tão destemida quanto você.
Deianyra franziu o cenho com a última frase, dita de forma tão pura, genuína dos lábios da irmã, com tanta certeza que cessou o trabalho manual, segurando o pequeno cesto de madeira enquanto vislumbrava a mesma prosseguir. A Velaryon esforçou-se para conter o sorriso em seu rosto.
— Como assim, quer ser como eu? — indagou, dessa vez, passeando o olhar pelo jardim, apostava que Laenor estaria treinando na companhia de Sor Aragorn.
— Escutei mamãe dizer que você é valente, o futuro da casa, quero ser como você — a declaração fez com que Deianyra respirasse fundo, abaixando-se, para permanecer na altura da mais nova. Por mais que não pudesse falar, apostava que Laena daria muito mais orgulho do que ela poderia cogitar, seria uma esposa obediente, meiga e seu âmago de domadora de dragão floresceria como seus valores morais.
