𝐏𝐨𝐫 𝐓𝐫𝐚́𝐬 𝐝𝐚𝐬 𝐑𝐞𝐠𝐫𝐚𝐬 + 𝐕𝐈𝐍𝐍𝐈𝐄 𝐇𝐀𝐂𝐊𝐄𝐑 🧨
⠀⠀❝ Não é racional, nem estava em meus planos.
Mas sinto que sou uma dinamite acesa em relação
a Vinnie: Prestes a explodir, consciente dos estragos.
Mas a faísc...
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capítulo quinze: Exceções pegando a estrada
Benson Clark
Minutos se passaram. Ou podiam ser horas. Eu não sabia bem. Tinha perco a noção de tempo e espaço assim que vi aqueles cacos coloridos.
— Shh — Sussurrou Vinnie em meu ouvido — Estou aqui com você.
Eu também não sabia em que momento eu me virei para Vinnie e enterrei a cabeça no peito dele, mas ele estava me abraçando. Me sentia tão frágil, mas o abraço dele era uma barreira contra o mundo lá fora. Era diferente e carinhoso. Uma base na qual me sustentei.
— Vem cá — Vinnie puxou uma das cadeiras da escrivaninha e me fez sentar ali, se ajoelhando no chão a minha frente. Afastei meus joelhos para que ele se acomodasse entre minhas pernas e ficasse o mais próximo de mim. Eu não queria que ele se afastasse. Depois que provei, eu precisava de mais do seu toque acolhedor. Vinnie ergueu uma das mãos para afastar o cabelo dos meus olhos e enxugar as lágrimas em meu rosto, enquanto a outra pousava delicadamente na minha coxa. — Converse comigo. — O polegar dele acariciou minha bochecha.
Um soluço escapou de mim.
— E-eu — Comecei, com a voz embargada — É meu pai. — Mais lágrimas rolaram ao som daquela palavra que há tanto tempo eu não pronunciava — Eu tinha catorze anos quando ele foi diagnosticado com uma doença pulmonar grave. Ele era pintor, e tinha um ateliê na garagem da nossa casa em Cleveland. Cresci suja de tinta, no colo dele enquanto ele pintava telas e mais telas — Sorri triste com a lembrança, entre o choro — A pintura se tornou a vida dele depois que a mamãe morreu semanas após meu parto. Foi uma gravidez de risco, ela me teve velha demais. — Tomei um fôlego entrecortado — Ele era a minha vida, e estou aqui por ele. Aprendi a amar as tintas e os pincéis. Pintei minha primeira tela quando eu tinha três. Ficou um desastre, mas... — Soltei um risinho baixo, recordando. Vinnie respondeu com outra carícia em minha bochecha — Desde aquele dia nutri o sonho de ser uma grande artista. E quando meu pai ficou doente... — outro soluço — Ele fez as enfermeiras convencerem o médico a deixar que ele tivesse acesso a tinta e telas no quarto de hospital, mesmo que a doença fosse culpa dos vernizes que ele inalou no ateliê dia e noite durante muitos anos. E quando ele percebeu que não tinha muito mais tempo de vida, ele pintou uma última tela pra mim — Um olhar na direção da caixa de sapatos. Solucei, e então fechei os olhos, chorando um choro dolorido. Vinnie segurou minhas bochechas, limpando as lágrimas o melhor que podia — Ele disse que como não poderia estar presente em pessoa nas futuras etapas da minha vida, ele faria um presente para me acompanhar pra onde quer que eu fosse. Para eu sentir a presença e o apoio dele. Ele disse que pintaria uma garotinha, a sua Bennyzinha, como ele me chamava, olhando para as estrelas. Estrelas como a que ele se tornaria em breve — Me recordei de algumas de suas últimas palavras para mim.