𝐏𝐨𝐫 𝐓𝐫𝐚́𝐬 𝐝𝐚𝐬 𝐑𝐞𝐠𝐫𝐚𝐬 + 𝐕𝐈𝐍𝐍𝐈𝐄 𝐇𝐀𝐂𝐊𝐄𝐑 🧨
⠀⠀❝ Não é racional, nem estava em meus planos.
Mas sinto que sou uma dinamite acesa em relação
a Vinnie: Prestes a explodir, consciente dos estragos.
Mas a faísc...
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capítulo dezoito: Felizes por enquanto
Benson Clark
Ao sair do banho naquela noite, me surpreendo ao encontrar o chalé no escuro.
— Vinnie? — Estou penteando o cabelo quando o chamo no breu.
Demorei mais que o habitual no chuveiro, o clima frio e a água quente junto aos meus cuidados com a pele acabou me empolgando. Deixei Vinnie tirando um cochilo na cama quando fui para o banheiro. Eu estava dividida entre amar e temer a forma como nós estávamos agindo após o episódio do estábulo. As coisas haviam mudado. Tínhamos ficado até o horário do almoço na nascente e então voltamos pro recanto para almoçar na casa do tio dele, foi quando a chuva começou e se estendeu pelo dia todo, impossibilitando atividades ao ar livre.
Acabamos na sala de jogos subterrânea do recanto junto a um grupo de formandos mais velhos, Vinnie e eu nos limitamos a um canto, jogando um jogo de tabuleiro qualquer enquanto bebíamos vinho barato, mas depois acabamos nos enturmando com o pessoal. Vinnie foi para a sinuca e eu para o karaokê com as meninas. Depois todo mundo se juntou perto da lareira pra jogar carteado, e foi bem legal. Em parte porque Vinnie e eu estávamos de chamego, agindo com uma intimidade gostosa que me acalentou.
Hora ou outra a mão dele ia parar na minha coxa, fazendo carinhos ingênuos, ou sua boca estava no meu ombro, dando beijinhos tranquilos enquanto ele prestava atenção na partida da vez. Me peguei acariciando suas costas e cabelo vezes demais, ou sorrindo para ele, ou desejando beija-lo. Ele me beijou perto do anoitecer, quando me levou pra um sofá no canto e me puxou pra sentar em seu colo. O chamei pra voltar pro chalé, porque estava cansada e gostaria de tirar um cochilo antes do jantar.
O temporal não estava dando trégua, e Vinnie não estava em lugar algum. Com a preocupação embrulhando meu estômago, olhei por entre a cortina da janela, e então abafei um riso contra a mão. Lá estava ele, correndo na chuva em direção ao chalé, segurando sacos de papel - Provavelmente nosso jantar. Corri para abrir a porta para ele.
— Por que não esperou a chuva passar? Está com tanta fome assim? — Sorri, o puxando pra dentro quando ele pisou na soleira — Vai se enxugar!
Ele me cumprimentou com um selinho.
— Morrendo de fome, e sei que você está também.
Estava mesmo.
Entreguei a toalha que estava nos meus ombros para ele. Bisbilhotei dentro dos sacos de papel quando ele me entregou. Fritas e sanduíches. Hmmmmm.
