013

782 80 24
                                    

Primeira ligação.

S/n estava deitada no colchão velho se perguntando o que deveria fazer para sair daquele lugar. Era horrível estar ali, respirar ali, saber que não conseguia sair.

Mas pior ainda era que aquele homem poderia descer a qualquer momento. S/n estava sentada no colchão quando a porta se abriu devagar.

Grabber - Bom dia. - Desceu as escadas com uma bandeja na mão. - Você está aqui a alguns dias, precisa comer alguma coisa.

S/n - O que você colocou aí ? - Perguntou de punho cerrado.

Grabber - Não sei, sal e pimenta ? - Ele olhou para o preto.

S/n - Então soca na droga do seu rabo seu velho de merda! - Com essas palavras ele jogou o prato no chão, espalhando toda a comida de forma podre.

Grabber - Você não está se comportando muito bem. Continue assim então. - Ele deu de ombros e saiu sem dizer mais nada.

A porta se fechava em um som horrível, e pelo barulho que fazia S/n sabia que estava em algum lugar aonde não iria conseguir ser ouvida.

Para sua surpresa a porta estava aberta, o homem havia deixado a porta aberta pela primeira vez. Levantou com pressa e se aproximou da porta.

Nas escadas dava para ver uma luz que vinha de cima. Era sua chance de fugir, mas antes que pudesse encostar na maçaneta da porta, o telefone tocou.

Se virou em um susto que fez sua alma parar, como aquele telefone estava tocando ?

Correu para atender na esperança que não fosse uma alucinação.

S/n - Alô? - Suas mãos estavam tremendo.

- Não suba as escadas. - A voz era de um menino.

S/n - Quem está falando ?

- Não suba as escadas, não vai querer ver o que tem lá.

S/n - Quem é você ?

- Não sei, eu entregava jornal. Não lembro de muita coisa.

S/n - Billy ? - Gwen havia contado dos meninos desaparecidos para S/n, ao menos alguns deles.

- Talvez, eu realmente não me lembro.

S/n - Por que eu não posso subir ?

- Ele está esperando você, com o cinto dele. Ele quer que você desobedeça. Não suba lá, ele vai bater muito em você. E não vai parar, e dói garota, dói muito.

S/n - O que eu faço ? - Olhou para a porta enquanto suas lagrimas desciam. - Eu quero sair daqui!

- Não seja uma garota desobediente. - A ligação caiu sem mais nem menos.

S/n ficou parada olhando para a porta, se perguntando se subia aquelas malditas escadas, ou não.

Continua.

The Black Phone || Por ti -  Robin Arellano.Onde histórias criam vida. Descubra agora