Cap 8

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Voltei um pouco tarde, mas estou aqui.

Atenção alerta hot! 🔞🔞🔞 Veio aí 😈😈

Boa leitura, volto o mais breve que der.

Um xero!!!

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POV Sarah


Ao receber a ligação de Débora no meio da madrugada, pude sentir mistos de angustia e medo. A secretária de meu mentor me informou que Ricardo estava entre a vida e morte. Por um breve minuto lembrei de tudo o que ele me ensinou, me mostrou, e as diversas formas que Dr. Ricardo moldou a advogada que sou hoje. Ele precisava de minha presença e eu não seria capaz de abandoná-lo nesse momento.

Peguei o primeiro voo para o São Paulo.

A viagem foi rápida e tranquila. As nuvens dançavam lentamente pela minha janela em tamanhos e formatos distintos. Eu costumava olhar e imaginar objetos e desenhos nos formatos das nuvens, um passatempo particular para me distrair na viagem, porém hoje, qualquer formato de nuvem que eu olhava eu via com todos os detalhes os mais variados rostos dela. Pude avistar o sorrido dela, e ela sorria só pra mim.

A saudade já me consumia sem misericórdia. Imaginei quando voltaria a ver Juliette novamente? Senti um aperto no peito. Quanto tempo precisarei ficar longe?

Talvez a distância melhore minha fixação por Srta. Freire. Talvez estar de volta às minhas origens possa me ajudar a encontrar um final feliz para uma história que nem começou e já me parece tão errada de tantas formas.

Final feliz? Como encontrar um final feliz?

Arthur e eu morando em um lar tão previsível e sem graça. Eu sem saber como dizer pra ele que não é com ele que eu gostaria de estar? Como digo a ele que é nos braços de Juliette que eu gostaria de morar. Que seus olhos, seu sorriso são meu lar? Como explicar ao mundo, aos meus amigos, aos meus pais e a mim mesma que me interesso por mulheres e que não há nada de errado nisso. E além de tudo isso, será que Juliette estaria disposta a enfrentar tudo isso comigo? Será que ela tem mesmo um desejo de estar comigo ou é apenas curiosidade? Será que o que eu mesma sinto não é apenas curiosidade? São coisas demais para administrar na minha cabeça.

Voltei a olhar pela janela e lá estava ela novamente em outra nuvem sorrindo pra mim.

Apesar de todas as dúvidas que me atormentavam os pensamentos, a única certeza que eu tinha era que eu a queria. Aliás eu a quero, como eu a quero! Em meio a tudo que me angustiava no fim a resposta era sempre ela. Não me parecia justo tudo ir contra a nossa felicidade. Duas pessoas que se encontraram no lugar errado na hora errada.

Quando senti o impacto das rodas batendo na pista, pousei minha concentração em Ricardo. Meu mentor precisava de mim nesse momento. Guardei meus devaneios e minhas angústias numa caixinha bem guardada em minha mente para voltar a refletir neles mais tarde.

Passei no hotel para deixar as malas e segui diretamente para o hospital.

Dr. Ricardo estava sendo tratado no hospital Albert Einstein, um dos mais renomados hospitais de São Paulo e do país.

Dei meu nome na recepção e fui autorizada a subir imediatamente. Dei uma leve batida na porta para avisar que estava entrando. Seu rosto magro e cansando transbordou de alegria ao me ver.

– Sarah, você veio! – Ele estava deitado na cama ligado a aparelhos barulhentos que o mantinham monitorado e vivo.

– Ricardo, é claro que estaria aqui por você. – Peguei em sua mão frágil e gelada.

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