Resumo: Pete tem pesadelos. Vegas não sabe o que está errado. Eles têm que aprender a se encontrar no meio.
Os pesadelos começaram enquanto Vegas ainda estava em coma.
A primeira vez que Pete reviveu aquele momento terrível - quando as balas atingiram Vegas e ele caiu no chão, imóvel - quando Pete o sacudiu e não obteve resposta, apenas um rosto pálido e um corpo imóvel e encharcado de sangue - quando ele pensou que Vegas tinha morrido e não pôde deixar de gritar e chorar - ele acordou do sono suando frio, as mãos tremendo, o coração batendo tão forte que ele sentiu como se fosse pular direto de seu peito.
Encontrar Vegas inconsciente em uma cama de hospital diante dele não aliviou inteiramente seu pânico. Isso só deixou seus nervos à flor da pele. Pete sentou-se ereto em sua cadeira, a espinha estalando algumas vezes, e olhou para trás. Macau dormia, encolhido na poltrona, atrás dele, e nenhuma luz entrava pelas cortinas, então devia ser meia-noite.
Pete olhou de volta para a forma pálida e inconsciente de Vegas na cama. Ele ainda parecia tão fraco e frágil assim. Pete não resistiu a estender a mão e gentilmente pegar uma de suas mãos da cama, segurando-a com as duas e pressionando-a contra a testa. Vegas ainda estava quente ao toque, o que fez Pete saber que ainda estava vivo, os vestígios do pesadelo começando a vazar. "Vegas, sinto sua falta", sussurrou Pete. Ele pressionou seus lábios contra os dedos de Vegas, lágrimas se acumulando nos cantos de seus olhos. "Por favor volte para mim." Sua voz falhou e ele engoliu várias vezes, apenas segurando a mão flácida de Vegas entre as suas. Finalmente, ele não pôde deixar de sussurrar as palavras que ele tinha medo de dizer antes, mas queria dizer com todo o seu ser:
"Eu te amo."
-
Dois meses depois
Pete acordou com um grito na língua que engoliu com dificuldade, sentando-se ereto na cama que dividia com Vegas, encharcado de suor. Sua cabeça virou para o lado e ele encontrou Vegas na cama ao lado dele, sem camisa, deitado de costas, a cabeça pendurada para um lado, o peito movendo-se em respirações lentas e uniformes.
Pete respirou fundo e trêmulo e estendeu a mão para o braço de Vegas. Ele queria tocá-lo, para se assegurar de que isso era real. Para envolvê-lo em seus braços e assegurar-se de que o passado não poderia machucá-lo. Que Vegas estava vivo, aqui, na cama com Pete. Que os sonhos terríveis não eram nada além de memórias neste momento. Mas sua mão parou antes que ele pudesse fazer contato com Vegas, algo interno o segurando.
Que direito eu tenho de acordá-lo para me confortar quando é o trauma dele que me persegue? Perguntou Pete, a mão ainda pairando sobre o braço de Vegas. Afinal, não foi Pete que levou um tiro. Se ele acordasse Vegas, então Vegas sem dúvida perguntaria o que o acordou. Como ele reagiria se Pete contasse a verdade?
Pete enrolou os dedos, a mão ainda trêmula, e a trouxe de volta para o próprio peito, longe de Vegas, fechando os olhos para forçar as lágrimas que ardiam neles. Vegas levou um tiro e se recuperou sozinho. Eu posso lidar com pesadelos.
Ele pressionou o punho no peito com força, forçando-se a respirar longa e uniformemente. Inspire, segure por algumas batidas, expire, segure por algumas batidas, repita.
Eventualmente, ele conseguiu diminuir sua frequência cardíaca, mas ainda tremia e ainda podia sentir a adrenalina em seu sistema. Um olhar para as grandes janelas à direita mostrou que estava escuro como breu do lado de fora do condomínio. Ainda no meio da noite.
Mas Pete sabia que não seria capaz de dormir de novo até se descontrair um pouco mais. Então, o mais cuidadosamente possível, ele deslizou para fora da cama e caminhou até a porta, deslizando e fechando-a silenciosamente atrás dele. Pelo menos agora ele não perturbaria o sono de Vegas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
COMPARTILHANDO BATIMENTOS CARDIACOS (VegasPete)
FanfictionClaro que Vegas notou Pete. Mas não com muito peso. Claro, Pete era gostoso. Mas assim como todos os outros guarda-costas de Kinn. Isso não foi notável. Não valia mais do que um olhar de passagem, ou um olhar de soslaio para o traseiro do homem naqu...