BÔNUS 4 PART 5 (FINAL DESSE BÔNUS)

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Apesar da promessa de comida morna se não se apressassem, Vegas e Pete demoraram a caminhar de volta para a casa da vovó, observando o céu escurecer de rosa a roxo e desvanecer em azul, o ar frio da noite se instalando sobre a cidade.

Vegas ainda tinha seus dedos entrelaçados com os de Pete, mas sua mente não estava em paz. Tudo o que ele aprendeu durante o dia bateu em sua cabeça. Em particular, ele tinha três memórias em um ciclo - Vovó contando a Vegas sobre o pai de Pete batendo nele com um cinto, Pete falando sobre como ele escondeu seus hematomas e a imagem do peito ensanguentado de Pete na casa segura. As três memórias deslizaram por sua mente em rápida sucessão, cada vez rasgando-o um pouco mais em pedaços. Seu peito doía com o pensamento de tudo isso. Tudo o que Pete passou quando era mais jovem já era ruim o suficiente - mas o que o próprio Vegas fez com ele mais tarde? Isso era inaceitável. Eu nem sei por que ele está comigo. Se alguém fizesse isso comigo, não sei se conseguiria perdoá-lo...

Pete ficou em silêncio, olhando para ele de vez em quando enquanto eles voltavam para a cidade. Finalmente, eles se aproximaram da casa da vovó, mas Pete o fez parar, virando-se para encará-lo. "Vegas..."

"O que?" perguntou Vegas, imediatamente desconfiado da expressão no rosto de Pete. Talvez ele se arrependeu de me contar tudo isso.

"Você está bem?" Pete perguntou, não pela primeira vez, e isso fez Vegas se sentir ainda mais culpado. "Você parece distraído ultimamente," Pete adicionou, voz calma, expressão preocupada.

"Estou bem", respondeu Vegas com um sorriso convincentemente falso, apertando a mão de Pete na sua. "Sério. Você acabou de me dar muito em que pensar."

Pete olhou seu rosto com cuidado, a expressão ainda preocupada, mas também incrédula. Depois de um momento, ele suspirou. "Você sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa, certo?"

O peito de Vegas se apertou. Mas como posso quando eu sei que você vai dizer que estou errado? Ele sabia que se contasse a Pete seus medos, Pete lhe diria não, eu não vou embora. Você sabe que eu não vou sair. Mas Vegas sabia que ele estava errado. Ele sabia disso até os ossos. Eventualmente, Pete sairia de qualquer devaneio em que estivesse e partiria. "Eu sei", disse ele de qualquer maneira.

Pete ainda olhou para ele com aquele olhar dúbio e preocupado por mais um momento. Então ele suspirou e apertou a mão de Vegas de volta. "Tudo bem. Desde que você esteja bem."

Para evitar olhar para o rosto preocupado de Pete - e esconder seus próprios sentimentos conflitantes que ele achava que quebrariam sua máscara se este momento se estendesse ainda mais - Vegas se inclinou e deu um beijo em uma das bochechas de Pete, fazendo-o relaxar e soltar um pequeno, riso bufado. "Eu amo o quanto você se importa comigo, baby", sussurrou Vegas suavemente, e a expressão de Pete suavizou.

"Me preocupo com você. Você fica com tudo na sua cabeça às vezes."

"Eu sei. Não se preocupe. Eu só penso muito." Não era realmente uma mentira. Vegas pensou muito. Mas os pensamentos muitas vezes não eram agradáveis. Mas Pete não precisava ser arrastado para o pântano escuro do auto-ódio de Vegas.

"Ok. Então vamos jantar."

Vegas assentiu, e os dois caminharam os últimos passos pela rua até a casa da vovó.

Já cheirava delicioso por dentro, a fragrância de especiarias e pimentas enchendo o ar. Imediatamente, o corpo de Vegas percebeu que ele havia treinado várias rodadas naquela tarde e depois não comeu nada depois. Ele estava faminto.

A vovó estava na cozinha, fritando alguma coisa, e Macau estava sentado à mesa, completamente distraído, de cabeça baixa. Pete e Vegas tiraram os sapatos e se aproximaram, o que atraiu os olhos da vovó da cozinha. Ela sorriu para eles. "Bem vindos de volta!"

COMPARTILHANDO BATIMENTOS CARDIACOS (VegasPete)Onde histórias criam vida. Descubra agora