COMPARTILHANDO BATIMENTOS CARDIACOS (VegasPete)

BÔNUS 4 PART4

O mercado fervilhava de gente, assim como no dia anterior. Vegas manteve sua mão entrelaçada com a de Pete, deixando seu namorado puxá-lo ao longo da frente do cais. Vegas ainda se sentia um pouco subjugado, mas não deixou que isso vazasse em seu jeito e acabasse com o clima. Porque Pete estava de bom humor, sorrindo enquanto conduzia Vegas. Vegas não queria arruiná-lo. Ele preferia continuar cuidando de Pete, valorizando seus belos sorrisos e momentos de felicidade para que ele tivesse as lembranças quando tudo terminasse.

Quando Pete parou, Vegas olhou ao redor com surpresa ao encontrá-los em frente a uma barraca onde uma velha vendia flores. Ela sorriu para os dois, seu rosto enrugado enrugando em todos os lugares certos para fazê-la parecer agradável.

"O que posso fazer por você, Nong?" ela perguntou-lhes agradavelmente.

"Um buquê de flores brancas, P'", respondeu Pete, o que fez Vegas arquear uma sobrancelha surpreso. Ele não disse nada, no entanto, e quando a mulher estendeu o buquê, Vegas passou Pete para oferecer a quantidade necessária de baht para pagar. Pete fez uma careta para ele bem-humorada, mas aceitou o buquê.

"Obrigado, P'."

"Tenha um bom dia!" ela chamou por eles enquanto Vegas e Pete se afastavam, Pete embalando o buquê em um braço, a outra mão ainda ocupada segurando a de Vegas.

Vegas tentou acalmar seus nervos ainda agitados observando o ambiente. Catalogando as barracas, o que vendiam, quem as administrava, as pessoas do lado de fora. E ele notou, mais uma vez, que enquanto muitos dos membros mais velhos da cidade reconheciam Pete e ou acenavam para ele ou o cumprimentavam, qualquer um que fosse da sua idade mal o notava. E a maioria nem acenou, ou ofereceu mais do que um olhar passageiro.

Quando eles saíram de debaixo das barracas coloridas do mercado, Vegas deixou sua curiosidade tomar conta dele. Ele apertou a mão de Pete, atraindo o olhar questionador de Pete. "Hum?"

"Posso te perguntar uma coisa."

"É claro."

Vegas escolheu suas palavras com cuidado. "Você... não tem amigos de infância?"

Pete ergueu as duas sobrancelhas. "Por que você pergunta?"

"Porque estamos aqui há alguns dias, e você não mencionou ninguém, ou encontrou alguém da sua idade..." Vegas parou, olhando para ele com curiosidade.

"Ah." Pete desviou o olhar, o queixo ondulando enquanto ele ficava um pouco tenso. Vegas apertou sua mão, mas não retirou a pergunta, ainda um pouco curioso. Finalmente, Pete soltou um suspiro baixo. "Eu não, realmente," ele admitiu calmamente, diminuindo o ritmo enquanto falava, mas ele não olhou para Vegas. "Quero dizer, eu tinha amigos quando era jovem. Mas depois que eu abandonei a escola, todos eles continuaram e então foram para a faculdade enquanto eu estava..." Pete parou, e Vegas podia ver a sombra de uma careta em seu rosto. "Vamos apenas dizer que perdemos o contato."

Vegas queria perguntar mais, mas os dedos de Pete apertaram sua mão e ele lançou um sorriso falsamente alegre na direção de Vegas. "Venha, vamos! Ainda temos um pouco de caminhada."

E Vegas não iria desconsiderar uma sugestão tão flagrante de que Pete não queria falar mais, então ele simplesmente seguiu o passo, examinando essa informação em sua mente enquanto Pete traçava um curso para fora da cidade novamente.

-

Foi uma caminhada, Pete não mentiu. Deixaram a cidade para trás e subiram uma colina que dava para o rio, tomando um caminho bem trilhado de paralelepípedos desgastados por muitos pares de pés. Pete ainda carregava o buquê no braço, e Vegas começou a suspeitar para onde eles estavam indo, com base na localização e nas flores brancas.