Prólogo.

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12 . 11 . 2023
Nova York

   Tudo muda, as pessoas mudam, os lugares mudam, o tempo muda

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   Tudo muda, as pessoas mudam, os lugares mudam, o tempo muda. E com isso devo dizer que minha vida também mudou... não é pra menos. Nesses últimos meses muita coisa mudou, talvez até pra pior.

   Talvez esse seja o motivo pelo qual eu  estou correndo feito uma louca por Nova York. Eu não poderia perder-lá, não novamente,

    Era pra ser uma manhã feliz, um dia feliz pra todos nós, era o fim de mais um ano. Iríamos finalmente realizar nossos sonhos de ir para uma faculdade que nos daria um futuro brilhante pela frente.

    Sonhos, e mais sonhos. Mas, sem ela eles não tinham valor algum, sem ela eu não tinha vontade alguma pra prosseguir com toda essa merda, então sim. Se meu futuro depender doque eu encontrar daqui pra frente eu sinto que  vale a pena, vale a pena deixar todos meus sonhos de lado pela menina que me ensinou a amar novamente, que me ensinou a valorizar os pequenos detalhes... que me ensinou que nem tudo que perdemos é necessariamente uma perda.

    Eu só tinha meia hora pra chegar ao aeroporto Internacional, o embarque dela seria as 20:00 em ponto.

     Sinto que isso é culpa minha novamente, não era minha intenção magoa-lá, não depois de tanta coisa, uma desgraça atrás da outra. Mas quando eu percebir eu já tinha feito a merda, eu já tinha metido os pés pela cabeça, e ainda fui orgulhosa, orgulhosa ao ponto de não reconhecer meu erro.

      Meu ego se feriu, e quando eu ouvir da boca de sua irmã que ela voltaria pra Paris... meu mundo desabou, mais eu preferir fingir que aquilo era uma mentira, uma mentira pra me fazer se ajoelhar aos pés da bourgeoís e me humilhar diante dela.

     Só que hoje eu percebir que não era mentira, a minha garota estava indo realmente embora. Eu a procurei por toda a Universidade, não a encontrei.

   

 
    Eu deveria me jogar de um prédio e acabar com minha própria vida, eu não  mereço viver mesmo. Só que mesmo com essa chuva escaldante, toda encharcada eu não poderia parar, as ruas de nova York estavam lotadas de carros presos no trânsito caótico por conta da chuva. E eu, eu estava de táxi mais quando percebir que o carro não saia do lugar resolvir correr.

    A cada passo meu, meu coração doía, doía em imaginar que ela não vai me perdoar, doí em saber que as chances dela me olhar com aquele olhar magoado que tanto me fez querer cuidar dela ao ponto de tê-la só pra mim eram grandes.

     Meus olhos se encheram de lágrimas, tento manter a calma enquanto minha respiração descompassada saia desconexa pelos meus lábios. Olho pro relógio não enxergando muita coisa já que meus olhos estavam marejados mais acelerei meus passos virando uma esquina.

     As ruas estavam deslizando, talvez seja pelo fato de está chovendo muito e as ruas estavam alagadas. Meus All Star estavam escorregando demais, resolvir parar um pouco para respirar. Minha garganta se fechou num nó, nó esse que apertava cada vez mais. Minha respiração estava fraca, meu coração está pulsando dentro de mim de forma travessa, sentir minhas pernas ficarem fracas, e sem mais forças nas pernas me ajoelho de forma brusca no chão, subo minhas mãos até meu peito e começo a chorar.

    Porque doí tanto? Porque está esfriando tanto? Tudo parece frio, sem tempero, sem vida. Nem a porra dessa chuva me incomoda mais....

     Mas o meu peito, ele dói demais, parece querer sair do meu corpo, não sinto mais nada além dessa dor. Acabo não tendo forças e meu corpo sede ao chão molhado e frio que era essa calçada mal iluminada, fico de barriga pra cima e sinto as gotas da chuva cairem em meus olhos se misturando com minhas lágrimas.

     Alívio, o meu peito deu um alívio, estivo minhas mãos olhando o relógio em meu pulso que marcava 19:55. Num pulo fico de pé novamente, se antes eu estava molhada agora eu estava pior, e ainda com lágrimas nos olhos volto a correr.

     Avisto o aeroporto Internacional, aperto meus passos passando pela porta principal encarando aquele monte de pessoas, a chuva deve atrasado o Vôo.  Começo a andar desesperada pela multidão, olho nas Tvs enormes vendo aonde estavam as pessoas que iriam para Paris.

      Dizia no setor 02, Ala b13. Começo a correr naquela direção sem me importa se machucaria alguém no caminho, eu tinha que achar a minha garota, eu tinha que olhar nos olhos dela novamente.

       Eu quero me desculpa, quero pedir perdão, mesmo que ela não me perdoe, mesmo que ela me odeie, mesmo que ela não queria nunca mais me ver. Eu preciso ver ela uma última vez.

       Dizer o quando eu a amo, dizer o quando eu daria tudo para tê-la de volta, dizer que minha vida não funciona sem ela, Fala que sinto saudade dela, de suas roupas ocupando o lado direito do meu guarda-roupa e minhas gavetas. De suas piadas provocativas, de suas manias de limpeza constante, de seu jeitinho tímido ao me olhar, de como suas bochechas ficam vermelhas quando nos beijamos, de como você fica brava quando eu te faço cócegas, de como você odeia quando eu faço brócolis, de como você se prepara pra dormi deixando um copo de água pela metade no criado mudo juntamente com uma maçã verde, de te ouvir cantar, de reclamar quando eu deito no lado esquerdo da cama sendo ele o seu favorito, sinto falta de tudo que te deixa especial.

      Ao me aproximar vejo varia pessoas entrando numa cabine que daria no avião, avisto várias pessoas mais nada da Chloe. Meu coração se apertou. Eu no estava vendo ela, aonde ela está?

      Um nó se formou novamente quando vejo a moça fechar a porta de vôo declarando que todos os passageiros que pertenciam a esse embarque já estavam lá dentro.
     
      Meus olhos se encheram de lágrimas e eu me viro dando passos lentos e sem animação alguma, me jogo numa poltrona de plástico azulada.

── Sinto muito, e-e-eu, re-realmente sinto muito Mi panzón....

ᶜᵒⁿᵗⁱⁿᵘᵉⁱ➪....

𝑌𝑜𝑢 𝑎𝑟𝑒 𝑚𝑖𝑛𝑒 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑐𝑦 𝑒𝑚𝑜𝑡𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 - 𝑆𝑁𝑒𝐶ℎ𝑙𝑜𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora