VALENTE; a única palavra digna para definir Deianyra Velaryon ╾ a única a sobreviver a sua inconstância. ❜
Em uma dança de dragões, habita uma fênix, que manchou o manto da tradição Valiriana, transformando um ovo de dragão em uma fêni...
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( CAPÍTULO NOVE )
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VERMELHO PINGA O RENASCIMENTO
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Ela estava assustada, apavorada.
Em um espaço desconhecido, devorada por olhos famintos, com ausência de poder, conhecimento sobre seu próprio nome, observada em cada passo. Trajava vestes improvisadas, dignas de um verdadeiro pirata — não havia nada de feminino em uma calça masculina e trapos limpos adornando seu corpo — cobriam suas vergonhas mas, em nenhum momento retirou a feminilidade ou encanto.
Eles trataram-na como uma divindade, não uma mulher — quem sabe uma deusa —, acreditaram que ela seria a reencarnação do fogo, enviada para exterminar impuros mas, pura e intocável, imaculada e ninguém deveria aproximar-se, nem mesmo Craghas Drahar atreveria-se a tocá-la, alimentando a crença ao ver o flamejo repentino sobre o céu.
É claro que, homens sendo homens, atreveram-se a tentar invadir seu espaço, uma gaiola de ouro construída na cabine do Príncipe Almirante de Myr a favor da jovem que observava o movimento, como um passarinho aprisionada, houve cobiça, desejo por aquela mulher, como um copo de água refrescante em meio a um deserto.
As consequências haviam sido devastadoras: eles aprenderam que havia um motivo pelo qual consideravam-na uma divindade, Deianyra Velaryon, a protagonista que no momento não havia um nome, sendo referida por todos apenas como Surya — no dialeto grosseiro dos escravos de Myr "estrela de fogo" —, aprenderiam que ela causaria um estrago.
Ela derramou sangue, destruindo o rosto de quatro homens com as próprias mãos, o suficiente para Craghas Drahar considerá-la de suma importância, persuadindo como o único capaz de a proteger, para uma jovem sem consciência, ceder sua confiança ao homem que a resgatou quando estava à deriva, pareceu a opção mais plausível.
Se envolveria em uma guerra, da qual pouco entendia o motivo de estar lutando, mas recebia comida e feito uma mulher em um mundo caótico, sem origens, sem memórias, arriscou-se ao adentrar em uma aventura, disfarçada como um homem por sua própria segurança, ninguém saberia de sua origem, seria o eterno segredo da cúpula de Myr — que considerarem estarem sob posse de um poder divino.
