CAPÍTULO 15 | Lar doce lar

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Porque eu preciso de alguém que nunca corra.
Quando eu me afasto e eles sempre ficam.
E eu quero algo que nunca vai acabar.
Eu nunca vou mudar algo destinado a ficar.

 — Kay Cook, What's Meant To Stay

       Lilith chegara à Nashville depois de quatro longas horas de voo

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       Lilith chegara à Nashville depois de quatro longas horas de voo. Era quase meia-noite e a cantora estava há quase quinze minutos dentro de um táxi, vagando pelas ruas da cidade.

       Quando o veículo finalmente parou em frente à casa de sua família, ela saiu do carro e pegou sua mala, agradecendo ao motorista por ajudá-la e adentrou pelo pequeno portão de madeira, que se unia à cerca branca, tão clara que parecia recém pintada.

       Enquanto andava pelo caminho de pedras, que levava até a porta da casa, ela virou o corpo, analisando o jardim. O chafariz redondo, morada de algumas carpas e pequenas tartarugas, estava iluminado, como sempre costumava ficar durante as noites. Os diversos canteiros de flores, que possuíam de margaridas a até roseiras, pareciam mais vivos do que nunca.

       Lilith observou como a fachada da casa continuava perfeita, apesar de todos os anos, a madeira pintada com um tom de laranja claro com branco. A varanda era aberta e possuia uma mesa branca, com um par de cadeiras da mesma cor, ao lado direito da porta. Ao lado esquerdo, havia um par de poltronas, com uma mesinha entre elas. E todo o cenário era decorado por delicados vasos de flores, alguns pendurados e outros nas prateleiras de madeira no canto das poltronas. A única parte da casa que não era cercada, era a garagem, um dos maiores cômodos da casa.

       A cantora sorriu. Sua mãe havia planejado cada detalhe da decoração da casa, incluindo os móveis. E fazia o possível e o impossível para manter tudo perfeitamente organizado e com a beleza de encher os olhos.

       Ela pegou a chave debaixo do tapete e abriu a porta, tentando fazer o mínimo de barulho possível. A luz da sala se acendeu assim que Lilith colocou os pés dentro de casa. Após trancar a porta novamente, ela subiu as escadas em silêncio. Não havia avisado para os pais o horário de voo que pegaria para Nashville, então deduziu que todos já estivessem dormindo.

       Lilith sorriu ao passar pelo quarto da irmã mais nova, reprimindo o desejo de entrar e abraçá-la. Lya odiava ser acordada.

       Ao entrar em seu quarto, ela só teve ainda mais certeza de que tudo na casa continuava exatamente igual, como se o tempo tivesse parado em quando Lilith ainda era criança. O cômodo continuava o mesmo desde que ela saíra de casa aos dezoito anos, porque a garota nunca fez questão de mudá-lo.

       As paredes ainda eram em rosa claro, apenas a da cabeceira da cama possuía um papel de parede branco e dourado. Todos os detalhes eram em rosa e branco, desde as cortinas, até as roupas de cama e os móveis. Havia um lustre longo com lâmpadas redondas bem no centro do teto.

Deixe-me te amar | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora