• Vigésimo Nono •

8.9K 416 199
                                    

Atenção: esse capítulo pode conter LEVES gatilhos de violência doméstica. Se for sensível ao tema. Não leia.

60 comentários para o próximo.

•••••• Narração Maya ••••••

2 de outubro. Flamengo x Redbull Bragantino. Maracanã.

4x1. Esse foi o placar. Eu estava rouca.

Primeiro eu queria matar o Gabriel pelo pênalti perdido, mesmo sabendo que ele iria marcar novamente.

E foi o que aconteceu.

Depois que ele marcou eu só queria beijar ele ali, naquele momento.

Eu mais que ninguém sei o quanto o Gabriel se esforça e a ama esse time.

Ele merece cada aplauso, cada gesto de carinho. Por que ele ama essa torcida na mesma intensidade que eles o amam.

A cena dele beijando o escudo na bandeirinha. Como eu li no twitter, se eu pudesse eu até tatuava.

Eu estou em êxtase, porque eu sei que ele está feliz.

A boa fase dele não é apenas marcada por gols, e sim por uma evolução ajudando o time inteiro.

E eu tenho MUITO orgulho dele.

Eu como melhor amiga, muito antes de me apaixonar, sei como a época na Europa foi frustrante. E aqui, ele se encontrou.

Sou acordada dos meus pensamentos pela Marília me sacudindo de leve.

— Vem, Maya. Pega o Antônio. Vamos. — ela arruma as coisas para irmos embora.

Hoje eu optei por não entrar no vestiário. Porque sempre que eu entro fico enrolando pra sair, converso com um, com outro. Quando eu vejo já virou bagunça.

Hoje eu só queria estar junto do Gabriel.

Marília ficou esperando comigo. O Guto e o Totoi fizeram a alegria dos torcedores que estavam ali.

Pediram pra tirar fotos comigo e com a Marília também e eu não negaria.

Nem preciso negar. Não estou me escondendo de ninguém.

Depois de alguns minutos os meninos saem do vestiário. Não me contenho e abraço forte o Gabriel.

— Parabéns, amor. Você foi incrível no jogo de hoje. Eu queria te matar, depois queria te beijar. Meu Deus uma montanha russa de emoções. — sorrio falando baixo próximo ao ouvido dele. O olho nos olhos e ele sorri genuinamente. Eu amo o sorriso dele.

— Eu tô feliz. Pelo jogo. Por nós. Por tudo. — ele beija meu rosto.

Eu também estou. E nem consigo mensurar o quanto.

Nos afastamos para ele atender as pessoas ali próximas. E depois seguimos para o estacionamento.

— Tchau nenês. Vamos marcar um futevôlei qualquer dia. — me dirigo até Marília e Everton lhes abraçando levemente.

— Você se recusa a jogar beach tennis né? Surreal. — Marília ri nasalado e eu concordo.

— Futevôlei é uma boa. Vamos marcar mesmo. — Everton se pronuncia e o Gabriel sorri leve se despedindo deles dois também.

Entro no banco do carona e Gabriel me olha.

— Você tá bem, Bi? — sorrio leve e ele assente.

— Sim... eu tô... feliz. — ele suspira entre as palavras. Me ergo levemente do banco e lhe dou um selinho.

No Control • GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora