Capítulo 5 - Evelyn Sampaio

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Depois do natal maravilhoso que passamos em família, eu e Barbara passamos a semana juntas variando entre minha casa e a dela. Assistimos a alguns filmes, maratonamos uma série brasileira incrível e fomos à orla para admirar o sol se pondo algumas vezes. Quase sempre, comprávamos uma água de coco e enrolávamos para acabar de tomar enquanto a conversa rolava solta. Não era difícil sentir o amor que pairava no ar e envolvia nós duas.

Para a virada do ano, meu pai nos convidou a passar com ele e seus amigos em uma cobertura da praia. Segundo Babi, minha sogra estava um pouco ansiosa para a ocasião e até comprou roupa nova. Desde o natal, ela e meu pai trocaram algumas mensagens, inicialmente sobre Babi e eu, depois, pelo o que soube, o assunto começou a render.

Eu estava muito feliz por passar o réveillon com eles novamente, mas confesso que adoraria ter um momento sozinha com minha namorada, ainda mais porque o dia da viagem se aproximava cada vez mais. Eu sabia que o meu sentimento por Barbara era enorme e confiava no que ela sentia por mim também, mas tinha muito medo do que essa distância de seis meses poderia provocar.

Somos duas mulheres jovens, realizando seus sonhos, Barbara estava conhecendo gente nova o tempo inteiro na academia e eu tinha uma insegurança que crescia mesmo que eu tentasse contê-la. De vez em quando eu comentava sobre isso com ela, mas evitava o máximo que podia porque não queria que ela se sentisse assim também, além de saber que eu mesma devia fazer meu melhor para não dar espaço para esse sentimento.

-Amor, eu não sei o que vestir nesse evento do seu pai, não. - Barbara falou enquanto se enrolava em uma toalha e saía do seu banho de princesa.

-Você devia ter pensado nisso antes, amor. - Eu falei rindo, já que estávamos no dia 31 de dezembro e as ruas estavam lotadas com pessoas que, assim como minha namorada, deixam para pensar no que vestir, no que comer, no que fazer, no dia da virada.

-Ai, que grossa. - Ela reclamou, tirando a toalha e jogando em cima de mim.

-Isso devia ser uma punição? - Eu disse enquanto analisava cada canto do seu corpo. Levantei-me da cama e fui até ela.

-Deveria, mas acho que não pensei muito bem. - Barbara disse fechando os olhos e sentindo minhas mãos passearem pelo seu abdômen definido e por todo resto do seu corpo.

-O que acha de aproveitarmos os próximos quinze minutos na minha cama? - Sussurrei no seu ouvido e senti seus pelos eriçarem. Barbara devolveu um gemido, que entendi como um sim e comecei a puxá-la para a cama que estava atrás de mim.

Não era a primeira vez que um banho se tornava um convite para nos amarmos na cama. E convenhamos que no calor do Rio de Janeiro, ter que repetir um banho não era lá um problema. Barbara já estava nua, então ela me observou da cama enquanto eu tirava cada peça de roupa que me cobria. Tirei primeiro meu short jeans, depois minha regata rosa que revelou meus seios, pois eu não estava usando sutiã. Mantive a calcinha por um instante e deitei meu corpo sobre o de Barbara.

Já era possível sentir sua intimidade quente e pulsante sob a minha e aquilo me excitava ainda mais. O corpo da minha namorada estava frio e macio, era um convite para percorrer minha língua por toda sua extensão.

Senti seus pelos se eriçando mais uma vez conforme minha língua quente tocava sua pele recém banhada por água fria. O cheiro delicioso de frutas vermelhas que exalava dela me deixava ainda mais ardente. Barbara passou suas unhas curtas pelas minhas costas e deixei um gemido abafado escapar dos meus lábios.

-Que tortura... - Ela disse de forma arrastada.

Subi meus lábios até os dela e a beijei de forma calorosa, um beijo ardente e urgente. Nossas línguas se chocaram com as temperaturas diferentes. Minha namorada tinha o corpo todo tão fresco do banho que tinha acabado de tomar, que o meu corpo quente ficava mais excitado a cada toque, assim como o dela.

Nossas  Escolhas (Romance sáfico - continuação de Você me aceita?)Onde histórias criam vida. Descubra agora