III

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"Quando chove, eu sinto um pouco como se tivesse um amigo
Que continua batendo nas minhas janelas e perguntando como eu estou"

RM





Rkive


Braços fortes envolvem minha cintura. Tento controlar minha pulsação enquanto meu cérebro repete as palavras dele.
"Eu preciso de você".
Isso é estranho, por que ele precisaria?
Para sexo?  Ok, mas o porque escolher essas palavras?
—Você ficou quieta!—escuto a voz vibrando em seu peitos onde minha cabeça repousa.
Ergo meu olhar e encontro seus olhos curiosos.
—Nada não, acho que  o Jae-hin já deve estar chegando!—digo, erguendo meu relógio de pulso.
— Jae-hin? Você está íntima daquele staff?—pergunta afastando nossos corpos suficiente para me encarar com olhos surpresos.
Seguro o riso, com a demonstração de ciúmes. Ahhh que ciúmes Emy, isso é só choque cultural.
—Estou há mais de uma semana trabalhando com ele, a fase de formalidades já passou! — volto a me aproximar um pouquinho dele olhando para cima—Eu sou Brasileira Namjoon, dou três beijinhos para cumprimentar quem acabei de conhecer!—digo fazendo um biquinho.
Ele sorri. Me puxa  novamente para si, fazendo eu sentir toda firmeza do seu corpo contra o meu.
—Desculpe é que eu ainda não sei muito sobre você!– sua voz é rouca quase sussurrada.
A escolha de palavras, novamente me traz  dúvidas.  Levanta meu queixo com o dedo indicador e deposita um selinho, enquanto sua mão pressiona minhas costas.
Meu Deus eu só queria ter mais uma hora, para tirar as roupas desse homem e cavalgar em seu pau até o gozar.
—Você está bem? —ele pergunta, me mostrando suas covinhas.
—Hmhum, precisamos nos preparar! —junto todas as minhas forças para falar sem gemer.
—Ok, mas deixo claro que  é contra a minha vontade!—ele faz um biquinho fofo,
Fico nas pontas dos pés, e o beijo.


Porta destrancada, Namjoon em sua mesa de trabalho,  e eu no sofá com meu notebook. O jovem staff entra segurando a embalagem de Kal-guksu em uma mão e uma bandeija com 3 ice-americanos em outra. Eu corro até a porta para ajudá-lo, mas Namjoon corta minha frente, pegando as coisas da mão do garoto. Dou uma risada interna.
—Foi difícil achar?—ele pergunta, dessa vez em inglês.
—Não, não, o local era meio longe, por isso demorei! — diz dando de ombros.
—Eu sei, mas é que você precisava ir até lá, do contrário eu não comeria tão bem!- Ele diz olhando diretamente cada parte do meu corpo.
O rapaz não percebe, vem até mim sorrindo para se sentar ao meu lado, sendo fuzilador por Namjoon.
— Sei que está com fome mas precisamos fazer a live! - digo voltando a atenção para meu notebook.
—humm verdade, que penal!- diz olhando a caixa de comida.
—Você já comeu Kal-guksu Emy?- pergunta sem nenhuma formalidade.
O staff  vira o rosto em minha direção, com  olhos escuros arregalados. Eu olho para ele, depois para Namjoon, que está alheio ao que o staff pescou ou não. Eu balanço a cabeça negativamente.
— Ok, hoje é seu dia de sorte, Kal-guksu fresquinho do meu restaurante favorito!- ele me entrega a embalagem sorrindo sem mostrar os dentes, seus olhos se fecham por completo e suas covinhas me afrontam. Continuo achando que deveria ser um crime vê-las e não poder ao menos depositar um beijinho em cada uma.
Seguimos todos para uma outra sala, onde encontramos Jin, já arrumando uma mesa com sete caixinhas coloridas, parecem brinquedos de montar. Jin me cumprimenta se inclinando e com um sorriso doce, eu faço o mesmo, depois sigo o staff para um sofá atrás da mesa onde a câmera está posicionada. Oriento o staff sobre o uso do servidor. Ele faz tudo prontamente, levanto meus olhos e encontro um Namjoon completamente diferente do cara que eu conheci dias atrás. Ele é doce, trata o amigo com muito respeito. Sorrio.
—O que você acha Emy?— a voz de Jae Hin me tira do transe, seus olhos são curiosos. Merda
—Nao entendi, desculpe!— me viro em sua direção. 
—Terra chamando lua?— Jae Hin  da uma batidinha em meu nariz com a ponta do dedo indicador.

 Mono - Kim NamjoonOnde histórias criam vida. Descubra agora