Quarto Capítulo

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Ben

 Levei a Emma ao circo, estranho não é? Mas como eu sei que ela gosta de circo, achei que a levando nele, ela ficaria mais feliz. Acertei, em ter a levado, ela sorriu bastante, embora quando estávamos chegando perto de casa ela foi desaminando, então durante toda aquela semana, nós saímos. A cada dia era um local diferente, até porque a cada dia a dor vai cicatrizando.  A Emma sempre foi uma menina muito agitada, porém muito doce. Ela valoriza o momento, mas se importa muito com palavras, ela busca agradar a quem ela gosta, então se ela não gosta de alguém ela o ignora bastante. Ela é do tipo que defende quem ama até o ultimo minuto e se mesmo assim a pessoa estiver errada, ela não abandona, nem julga, só entende e aconselha. Quando magoada, ela apenas se isola, não gosta de conversar, mas curte quem respeita o momento de dor dela, procura se recuperar o mais rápido possível e assim que se recupera, volta a fazer tudo de novo, pois ela gosta de viver momentos bons várias vezes seguidas, mesmo sabendo que pode dar errado futuramente. No final daquela semana a Emma já estava mais recuperada, já não falava mais no Miguel, nem o evitava, ela tem um dom de perdoar muito fácil as pessoas, você pode magoa-la e ela ficar triste na hora, mas com o passar do tempo ela te perdoa, mas não volta a ser amiga como antes.

 Emma                                                                                                                                        Era sábado à tarde, uma semana passou e a minha raiva pelo Miguel foi sumindo a cada dia. Não tá sendo fácil esquecer ele, porém botei na minha cabeça que nem tudo o que quero posso ter, então... Bola pra frente, talvez ele não seja realmente o meu grande amor, como pensava. Resolvi sair, da uma volta por ai, o Ben tinha ido visitar a avó dele e não podia sair comigo, já boa parte das minhas amigas namoram e só saem com os namorados, decidir ir da uma volta sozinha.

Enquanto caminhava pelo calçadão e sentia a brisa do mar bater em meu rosto, pensava no quanto eu era feliz de ter aquela minha vida. Eu tinha uma empregada, que era uma mãe pra mim, tinha uma mãe bem ocupada, mas que sempre que podia, tirava um tempo pra ficar comigo, meu pai eu não conhecia, mas isso nem era um problema, minha mãe por si só dava conta de tudo e sempre sorrindo, embora eu soubesse que nem sempre ela está feliz.  

- Quanto custa à água de coco? – perguntei

- Três conto, moça! – respondeu um senhor magro e sorridente.

- Vou querer a mais gelada que o senhor tiver! - falei

- Também quero uma, tio! –falou um rapaz chegando ao quiosque.

- Aqui a coco de seis dois. – falou o senhor, entregando a coco para mim e para o rapaz ao lado, paguei e me despedi do senhor.

Caminhei mais um pouco e resolvi voltar, eu perco a total noção do tempo quando estou caminhando, como não levei celular, eu não sabia a hora, só sabia que já estava anoitecendo.

- Moço, o senhor pode me informar que horas são, por favor? – perguntei pra um rapaz que estava admirando o mar.

- São 17:23! – falou olhando para o relógio – Nossa é você?

- Sou eu!... Pera... Sou eu o que? – perguntei surpresa

- A mina do coco.

- Não vendo coco.

- Eu sei, falei isso porque te vi lá e não faz muito tempo.

- Ahhh... Foi... Não te reconheci, porque não olhei pra você.

- Realmente. Como devo chama-la? – perguntou

- Emma! Prazer! – falei

- Sou o Marcelo. Você vem sempre aqui?

- Não e mesmo se viesse não iria te falar, eu em. Nem te conheço. Tchau - Nossa, alem de linda é esquentadinha. Não precisa se preocupar, eu não sou um sequestrador, se é isso que você pensou.                                                      – Não pensei nada, tchau Marcelo. – falei saindo, eu em nem conhecia o menino e ele já foi perguntando se eu venho sempre aqui, vai que ele me sequestre.       

- Tchau esquentadinha! – gritou enquanto eu andava rápido e sem olhar para trás, embora eu quisesse olhar novamente para aqueles olhos claros e perfeitos, ele era tão lindinho, mas minha vó sempre disse que nunca confie em alguém que você não conhece.                                                                          CONTINUA...

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