Rhaenyra precisa honrar com seu dever como herdeira e casar com seu tio, Daemon Targaryen, para fortalecer o sangue de sua família e sua posição como futura Rainha. Após um incidente com seu ex escudeiro, Cristian Cole, Sr. Harwin Strong é escolhido...
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4 anos depois
Eu ainda lembro do barulho dos sinos.
Eles ainda ecoam na minha cabeça como se tivessem tocando agora mesmo, eu soube assim que ouvi o barulho deles que aquilo era definitivo. Meu amado pai estava morto. E mesmo já tendo passado 5 meses desde seu falecimento, ainda me dói. E sei que nunca iria parar de doer, a dor de sua perda fez morada junto a dor da perda de minha mãe.
Foi pior com a partida de meu pai, não tive tempo de viver o luto já que todos do reino queriam saber quem sentaria no trono. Meu pai se casou com Alicent Hightower ano passado, não porque queria, muito pelo contrário, sofreu tanto com essa decisão que se afundou ao ponto de não conseguir olhar em meu rosto em seu último ano de vida. Não entendi no começo, mas ele via Aemma neles. Ele via minha mãe olhando de volta.
O rei já estava muito debilitado após o casamento e não conseguiu consumar o casamento, sendo assim, não engravidou Alicent, mas apesar disso ainda existiam aqueles que não aceitavam a decisão de meu pai em me escolher como herdeira do trono de ferro.
Meus pensamentos são interrompidos quando o Sr. Strong bate na porta e abrindo ela.
— Minha Rainha...— Disse com um sorriso no rosto e aquele maldito olhar que carregava suas malditas devoções a mim.
Harwin tem sido nesses últimos quatro anos meu maior confidente. Não é mais apenas Syrax que escuta minhas reclamações, Ser Harwin é um excelente ouvinte. Ainda não sei o que faz comigo, não entendo como ele é capaz de me fazer querer tanto continuar com os pés no chão quando o desejo de meu coração sempre foi voar. Costumava achar que meus pensamentos tinham que ser guardados todos para mim, que não deveria dizer bobeiras aleatórias que invadem minha cabeça vez ou outra em voz alta, ainda mais para homens. Sempre achei que eles nem ao menos me escutavam.
Daemon não faz isso. Meu marido está ocupado demais se divertindo por aí para sequer pensar em ter uma conversa com mais de três frases com sua esposa, mas Harwin não é assim.
Ele fica de pé quantas horas forem necessárias só para ouvir eu falando de algum livro, ou de reinos distantes, ou até mesmo de lordes que preciso saber sobre. Acho que ele sabe tanto sobre Syrax quanto eu ou Silas.
E seus olhos... Eu sou encantada por eles. Não existe mais bonitos, e nem é por que os dele carrega mais admiração que qualquer outro por mim, mas porque brilham como as estrelas que me rodeiam ao voar a noite.
Ele será minha maior tristeza ou maior felicidade.
— Rhaenyra, Harwin. Já lhe disse que pode me chamar somente pelo nome, passamos dessa parte em nosso primeiro ano juntos.
— Eu sei, mas gosto de te chamar assim, minha Rainha. — Ele foi adentrando ao quarto ainda com seu sorriso adorável no rosto. — Como tem sido o trabalho hoje?
