A Connection Between Us (Connected part. II)

VIII - Ciclones

Taylor e Miranda ficaram abraçados por muito tempo na sala. Ouvindo o choro um do outro.

Cansados, desanimados e tristes.

O corpo de Miranda tremia. Taylor tentava aquecê-la, mas seu corpo também estava frio.

Taylor limpava suas próprias lágrimas quando pegou Miranda pela mão e seguiu em direção às escadas.

Quando chegaram no quarto, a janela estava aberta e o tapete estava molhado da chuva.

Taylor fechou as janelas e as cortinas e a conduziu para o banheiro.

–    Vá embora! - disse ela em voz baixa mais uma vez.

Taylor ignorou o que Miranda disse, abriu o chuveiro e começou a despi-la.

Miranda não o impediu de fazer nada. Ela ansiava pelo toque dele também.

Ela queria que ele a aquecesse, queria que conseguisse derreter o que ela estava sentindo com o calor dele, com a água quente do chuveiro. Não importava.

Taylor tirou o restante das roupas molhadas de Miranda e jogou dentro da pia enquanto a água do chuveiro esquentava.

Miranda abraçava seus próprios braços e se encolheu de frio ao observar Taylor pelo reflexo do espelho ainda como se estivesse olhando para um estranho.

Taylor percebeu que ela o observava e virou para olhá-la nos olhos.

–    Eu te amo! - disse ele antes de suspirar.

Miranda não respondeu, mas ele sabia que ela o amava.

Taylor a conduziu para o chuveiro quente.
Quando teve a intenção de fechar a porta do box, Miranda o segurou pelo braço.

–    Fica! - pediu ela.

Taylor levou segundos para tirar a roupa e entrar no chuveiro junto com ela. Ele a abraçou pela cintura, tentava decifrar o que passava pela cabeça de Miranda. Ela pousou a cabeça no peito dele.

Miranda não queria pensar em absolutamente mais nada, mas sua mente trabalhava a todo vapor.

Colar seu coração ao coração de Taylor talvez a ajudasse.

Talvez.

Taylor queria saber o que Miranda faria a seguir.

Eles ficaram em silêncio durante todo o tempo, na esperança que a água pudesse lavar todo o sentimento de tristeza deles.

Miranda chorou abraçada a Taylor. Ele acariciou as costas e os cabelos dela, esperando que pudesse de alguma maneira aliviar sua própria dor.

Ele agradeceu aos céus por ela ter deixado ele fazer algo finalmente. Por poder cuidar dela. Era esse o papel que ele queria desempenhar e achava que ela precisava disso. Que ela precisava dele assim como ele precisava dela.

Taylor queria abraçá-la com mais força. Queria impedir que ela sentisse qualquer que fosse a dor que estava sentindo. Queria que toda a dor dela se transferisse para ele.
Queria ser a pessoa que ela buscaria apoio e consolo.
Mesmo sendo um dos motivos pelo qual ela se sentia mentalmente confusa.

Taylor pegou a esponja de banho, colocou sabonete líquido, afastou os cabelos dela e começou a esfregar nas costas de Miranda, lentamente, massageando cada ponto.

Miranda fechou os olhos e aproveitou a sensação deliciosa de ser cuidada por alguém finalmente.
Logo o banheiro inteiro parecia condensado e encoberto em uma nuvem macia que cheirava a sabonete, shampoo e gel de banho.
Taylor levantou o queixo de Miranda para olhá-la nos olhos.