Capítulo 15

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S/n

No dia seguinte, Sullivan preparou café da manhã para nós e logo em seguida partimos para darmos continuidade ao que estávamos procurando.

Chegando na igreja, começamos a observar cada detalhe que nos chamasse a atenção.

-- Agora que chegamos, começaremos por onde? -- pergunta Nathan.

-- Vamos nos separar e se encontrarmos algo suspeito, falamos para todos. -- respondo andando por um dos corredores.

-- Bem pensando, só não vão se esconder de mim. -- Victor fala levantando uma de suas sobrancelhas, como se quisesse insinuar algo.

E assim, nós três ficamos dividos pelos arredores da igreja.
Mesmo distante, pude ver Nathan indo diretamente a uma pilastra onde estavam cartões para visitantes escreverem mensagens e enviar para quem quiser que fosse.
Pude perceber o foco que possuía ao tocar em cada um, ele realmente estava interessado. Por fim, ele pega algo dentro de sua bolsa e começa a comparar com um dos cartões pendurados, aparentemente um dos que ele tinha era exatamente igual ao que estava na grade.
Notei sua agitação e desviei olhar para que não percebe-se que eu estava prestando atenção em cada movimento que fazia.

-- S/n! -- sua voz demonstrava um clamor, meu nome saindo de sua boca era um pouco atraente, confesso.

-- Sim? -- volto a encará-lo esperando que me pedisse ajuda ou dissese qualquer outra coisa.

Ele me olhava transparecendo que gostaria de contar tudo, porém contrai os lábios e, abaixando a cabeça lentamente, diz:
-- Nada não. -- como se, no mesmo instante, perdesse a esperança de contar o que descobriu. Será que sua confiança em mim já não era mais a mesma? Ou não estava convicto do que tinha pensando em me contar?

Ignorando esses pensamentos fora de contexto, comecei a prestar atenção no chão. Isso mesmo, no chão. E não era atoa, tinha palavras e sinais naquele local.
-- Sully! Nathan! Se aproximem, acho que encontrei alguma coisa! -- ambos vieram até mim. -- O que acham disso? -- perguntei apontando para as letras no chão. Nathan se agacha ao meu lado.

-- Isso aqui, definitivamente, é um símbolo. O símbolo que mostra um caminho. O caminho começa pela cruz e seguindo essa reta, nos levará diretamente para aquela direção. -- diz apontando para um túnel bem no fim do monumento.

***

Ao entrar no túnel, nos deparamos com um corredor enorme e seguimos.

De repente, chegamos a um lugar onde estavam velas, grades, objetos, entre outras coisas muito chamativas.

-- Acho que tem alguma coisa bem ali que precisa ser acionada. -- digo apontando para uma das paredes.

-- Ótimo! Espero que seja alguma pista, e não uma armadilha. -- responde Nathan se aproximando em uma pilastra e imediatamente aperta um botão que faz as grades tremerem.

-- Beleza, agora precisamos entrar atrás dessas grades. -- digo.

-- O quê?! -- Nathan responde. -- Não vou fazer isso, eu respeito a Santa ali. -- atrás das grades havia uma Santa e alguns objetos relacionados a Santíssima Trindade.

-- Nate.. -- nossos olhares se encontram e tento passar para ele a mensagem de que precisamos fazer isso.
Logo em seguida, me agacho para ver se há alguma chave.

-- Para trás! -- Victor atira bem no cadeado que, em fração de segundos, arrebenta e as grades se abrem.
Eu e Nathan nos aproximamos da imagem e nos pés da mesma tinha dois buracos onde deveríamos encaixar as duas cruzes que tínhamos.
As colocamos e contamos até três para girar e abrir, porém no primeiro momento isso não aconteceu e flechas saíram disparadas.

-- Vocês enlouqueceram? -- Sullivan diz indignado.

-- Está bem, S/n? -- Nathan pergunta colocando a mão em um dos meus joelhos.

-- Estou bem.. Obrigada. -- não esperava que me pergutasse isso.

-- Também estou bem, obrigado por se preocuparem. -- Victor diz segurando uma das flechas.

Dando continuidade, Nathan e eu giramos em outro sentido e a imagem se abriu no meio, surgindo um novo corredor que, supostamente, seria um novo caminho para seguirmos.

-- Agora funcionou. -- digo me levantando junto com Nate.

-- Podemos prosseguir então! -- Victor diz indo em direção ao corredor.

-- Não! -- respondo. -- É melhor eu e Nate irmos juntos e você nos acompanha pelo rastreador.

-- Ela tem razão. É melhor ter alguém aqui em cima por questão de segurança. -- Nathan concorda comigo.

-- O que? -- Sullivan cruza os braços. -- Isso é sério? -- ele faz uma breve pausa. -- Vocês dois sozinhos nesse caminho subterrâneo?

-- Qual é Sully? Não somos mais crianças. -- Nate responde em um tom sarcástico, o que não alegra muito Victor.

-- Por isso mesmo, se vocês fizerem alguma coisa..

-- Victor, pode confiar em nós dois. -- o interrompo. -- Eu me responsabilizo por qualquer coisa que acontecer.

Vejo a mandíbula de Sullivan relaxar, o que mostra que realmente confia em minha pessoa.
-- Está bem.. Estarei de olho em vocês. -- ele deixa um sorriso de canto escapar e volta para o caminho que entramos, enquanto eu e Nate seguimos para o novo destino.

***

Romance With A Drake | Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora