IX

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— Quem é você? Perguntou pressionando a faca no pescoço do moço misterioso.

— Eu acho que nunca vi, ninguém empunhar uma adaga com tanta habilidade. Falou o homem olhando para Zira, e encantado com sua tamanha beleza, atrás dela o sol nascia refletindo em um rio que passava ao lado dos trilhos, com uma floresta esplêndida na outra lateral, o que dava ainda mais beleza a moça. Seus cabelos ondulados e negros, estavam voando ao vento seus olhos tinham uma cor única eram um tom de azul tão claro que se assemelhava ao cinza, seu rosto embora estivesse rígido tinha traços suaves, ahh e sua pele tinha um tom que se assemelhava ao doce de leite e ao cobre, e a sua habilidade com a lamina fez seu coração palpitar de excitação, era tão encantadora, que ele à desejava para si.

— Você ainda não me respondeu, quem é você? Falou Zira devagar, enquanto pressionava ainda mais a adaga no pescoço do rapaz, ao ponto do sangue brotar em seu pescoço.

— Meu nome é Koda, poderia afastar sua adaga? Por favor. Falou sem expressar um pingo de emoção. Zira afrouxou o aperto da lamina no pescoço do rapaz, mas não tirou ela totalmente de lá, ainda à mantinha pairando sobre ele.

— O que faz aqui? Perguntou séria.

— Vim olhar o nascer do dia, agora como a senhorita já me fez duas perguntas e eu as respondi, me permita também fazer dois questionamentos, e quero que você me responda. Falou Koda encostando levemente no pulso de Zira e assim o abaixando lentamente, mas mesmo quando já não havia mais ameaça, ele continuou com a mão ali como se segurasse algo precioso.

— Faça às então. Falou duramente.

— Onde apreendeu a usar uma adaga dessa forma? E qual o seu nome? Perguntou com um tom aveludado na voz, acariciando o pulso de Zira depois o soltando.

— São tempos difíceis, uma mulher precisa saber se defender, e o meu nome é Zira. Falou quase impassível.

— Um nome lindo, e uma ótima atitude, você também veio observar o nascer do sol? Perguntou suavemente caminhando para frente até chegar no corrimão e se apoiar, Zira se virou para frente, e olhou o homem encostado observando o nascer do sol. Era uma visão agradável, porém ela ainda estava irritada e desconfiada, embora tivesse que admitir e que ele era encantador, embora tivesse uma sensação estranha quanto aquele rapaz como uma premonição.

— Sim, é uma das partes mais lindas do dia. Respondeu, se retirando aos poucos, fugindo furtivamente, até que já estava na metade do vagão.

— É realmente, é uma das minhas favoritas. Falou com um sorriso se virando para trás, porém quando viu estava falando sozinho. — Oh ela já foi. Falou consigo mesmo cabisbaixo, Zira já estava chegando em sua cabine, quando abriu a porta, Natalie ainda estava dormindo, porém havia parado de roncar, então ela tirou o sobretudo e se deitou, e tentou dormir um pouco, mas a imagem de Koda permanecia em sua mente. Depois de pelejar um pouco se rendeu ao sono. Já Koda, que havia ficado lá fora, não conseguiu cumprir com seu objetivo, mas ainda assim ficou observando o sol se levantar, enquanto pensava em Zira, e toda vez que se lembrava daqueles olhos seu coração apertava, e ele não conseguia entender o do porque daquilo, ele nunca havia sentido aquilo em toda sua vida, e ele adorou aquela sensação.

Às 07:30...

Natalie estava balançando, o braço de Zira para acorda-la.

— Zira, acorda temos que tomar café. Falou Natalie, com uma voz sonolenta.

— Eu estou indo, pode ir na frente, e peça meu café. Falou Zira em uma voz preguiçosa.

— Tá bom, vou me trocar e vou sair então. Falou Natalie, tirando a camisola, e colocando um vestido solto, e calçando suas ghillie laces, e saiu da cabine, olhou se no espelho, em direção ao vagão de refeição. Chegando lá viu Jackson e Íris, sentados em uma mesa comendo, ela foi para o balcão e fez o pedido de uma xícara de café forte e sem açúcar e uma fatia de bolo de milho para Zira, e para si Natalie pediu chá verde e uma fatia de bolo de mandioca. E após fazer o pedido se  encaminhou para a mesa que era chumbada ao chão do trem, e dava pra sentir as vibrações do trem enquanto andava. Ela se assentou à frente deles.

— Eai dormiram bem? Perguntou Natalie calmamente.

— Sim, mas com certeza não melhor do que você.  Falou Íris dando risada.

— Ha Ha Ha, muito engraçado. Falou Natalie lentamente com ironia em sua voz.

— Que bom que você dormiu bem Natalie. Falou Jackson educadamente.

— Cadê Zira? Perguntou Íris. Caçando-a no vagão.

— Estava com sono, então ficou na cabine. Falou Natalie.

— Zira dormindo até tarde? Ela que sempre acordou, junto com o nascer do sol? Não isso, não está certo ela está doente. Íris se levantou rapidamente da mesa, e saiu quase correndo do vagão de alimentação, para os alojamentos e entrou abruptamente na cabine, onde Zira dormia. e se aproximou de Zira, e esqueceu de fechar a porta da cabine, se ajoelhou do lado da cama.

— Zira, você está bem? Perguntou Íris um pouco alto.

— Íris? O que você está fazendo aqui? Disse Zira em um suspiro.

— Vim ver se você está bem. Falou esbaforida, colocando a mão sobre a testa de Zira, para ver se ela estava com febre.

— Eu estou bem, só não dormi direito está noite, e estou com um pouco de dor de cabeça, você sabe como é. Falou rindo, e afastando a mão de Íris de sua testa.

— Ohh, sim entendi. Falou Íris gargalhando, nesta hora um homem parou sobre a porta e pairando sobre elas.

— Íris, você esqueceu a porta da cabine aberta. Disse Zira em um tom de repreensão.

— Oh desculpe, eu não havia notado que deixei a porta aberta. Falou Íris se levantando de perto da cama e se dirigiu a porta e a fechou.

— Céus eu realmente estou com, muita dor de cabeça. Falou Zira passando a mão pela testa.

— Você quer algum remédio? Eu tomei um susto, aquele homem estava encarando aqui para dentro, e estava com o rosto encoberto pelo chapéu, estranho não? Será que pode ser um espião, ou um agente do Império de Jade. Falou Íris.

— Realmente é muito suspeito... Falou Zira franzindo o cenho. — Vá atras dele e verifique quem ele é, leve o relógio de pulso espião  tire fotos se conseguir, enquanto isso eu vou fazer contato com a kukulkan, para ver quem é ele, e depois irei tomar café.

— Ok, eu acho que eu o encontro no vagão de alimentação. Falou Íris passando a mão na testa.

— Garanta que ele não te veja, afinal nossa segurança em primeiro lugar. Falou Zira com uma expressão dura e sombria.







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