Recomeço - SwanQueen

Deixando Storybrooke

POV EMMA

Com tudo que havia acontecido nos últimos meses eu ainda estava um tanto quanto perdida. Descobrir que seus pais são personagens de contos de fadas e que você cresceu sem eles por uma maldição não é coisa fácil para se digerir. A notícia de que todos os personagens de contos de fadas - que eu por sinal amava quando menor, mas agora nem tanto - são reais foi algo estranho e confuso. Agora depois de alguns meses finalmente algumas coisas estavam se tornando "normais" como por exemplo ver uma bruxa sumir em uma nuvem de fumaça.

A única coisa que ainda me assombrava era um sentimento novo que surgia em meu coração e aquecia meu peito, por sinal eu estava amando. O único problema era quem eu estava amando... Isso mesmo eu amava Regina Mills vulgo rainha má, a mulher que fez com que eu viesse para o mundo real e crescesse sem os meus pais. Eu não me culpo por ama-lá, só confesso que tenho medo da reação dos meus pais e de Henry.

Agora voltando a vida real e deixando de lado meus pensamentos, acabei de me levantar e estou atrasada para o meu turno na delegacia. Tudo bem que Storybrooke anda extremamente quieta e sem muitas emoções, mas ainda sim eu tenho um trabalho e se eu me atrasar mais um dia a prefeita vai me tirar rapidinho do cargo de xerife.

Assim que me vesti peguei as chaves do carro e sai de casa, minha mãe já estava na escola e meu pai provavelmente estava me esperando para trocar de turno. Andei até o Granny's e esperei pelo meu café da manhã.

- Bom dia Emma.

- Bom dia Ruby, como vai ?

- Na mesma, e você ? Anda resolvendo muitos crimes ?

- Ah claro, acontecem muitos roubos e assassinatos em Storybrooke. - Fui irônica e revirei os olhos.

- Tá, agora aqui está seu café. Vai lá salvar a cidade do Leroy bêbado.

Revirei os olhos mais uma vez e andei até a porta. Ao abrir a mesma bati em alguém, assim que olhei para cima meu coração se acelerou e minha respiração se tornou descompassada.

- Me desculpe Regina, eu sinto muito mesmo. - Limpei o queijo que havia se grudado em seu blazer.

- Sim. Claro. Tanto faz. - Regina nem se quer me olhou, apenas andou até o fundo do restaurante e se sentou em uma mesa afastada.

Não sei o que e nem quando mas isso não me cheirava nada bem. Com toda certeza ela estava aprontando alguma, como pode ela nem se quer dar uma revirada de olhos ou sei lá me xingar até perder a voz. Algo não estava certo e eu iria descobrir o que era.

•∆•∆•∆•

Assim que cheguei na delegacia meu pai já me esperava tomando seu café. Me aproximei do mesmo e o comprimentei com um leve aperto de mão - eu ainda não me sinto bem para abraça-lo ou beija-lo - me sentei atrás de minha mesa e assim que me virei para a cela lá estava ele, Leroy outra vez. - como pode uma pessoa de média estatura beber tanto assim - Sobre as negações de meu pai resolvi solta-ló.

Eu precisava falar com alguém sobre o comportamento de Regina, e como meu pai estava logo aqui resolvi usá-lo como cobaia. Mas antes iria tomar meu café então abocanhei um pedaço do meu queijo quente e me senti a mulher mais realizada do mundo.

- Pai, será que eu poderia te perguntar uma coisa ? - Virei um gole do meu chocolate quente e rodopiei na cadeira.

- Claro, pergunte o que quiser.

- Você acha que a Regina está tramando alguma coisa ?

- Porquê você está perguntando isso viu alguma coisa de errado ? - Logo meu pai saltou da cadeira e nervoso começou a andar de um lado ao outro - Essa mulher nunca vai nós deixar em paz ? Será que ela não se cansa ? Quantas vezes mais ela vai poder estragar nosso família ?