POV REGINA
Minha visão se tornou turva, em minha cabeça haviam tambores enormes que batiam auto, as pessoas gritavam coisas que eu não entendia. Forcei a vista e pude enchegar Emma abraçando as crianças, ela olhou pra mim e sorriu. Eu estava ainda desorientada e com a mão erguida.
Aos poucos Emma se aproximou de mim, segurou uma de minhas mãos e me disse:- Regina. Olha pra mim. Eu tô aqui, tudo vai ficar bem. Agora por favor abaixa a mão devagar. - Concordei com a cabeça e aos poucos fui abaixando minha mão - Isso muito bem, só mais um pouquinho.
Coloquei o carro no chão e corri para os braços de Emma, que me acolheram com todo amor.
- Vamos eu vou te levar pra casa. - Emma me abraçou mais apertado.
Enquanto Emma e eu andávamos até as crianças um homem de média estatura se aproximou e parou em minha frente. Ele parecia furioso, e junto dele outras pessoas também se aproximaram. Todos falavam juntos e eu não conseguia entender nada. Até que um deles gritou silêncio e tomou a frente.
- Você trouxe ela de volta. Ela podia ter matado todos nós. A culpa disso tudo é sua Emma.
- Ei, fiquem calmos. Regina não fez nada de errado, ela estava tentando proteger as crianças.
- Ela é uma bruxa, não pode ficar aqui. Quando ela saiu da cidade todos nós ficamos tranquilos, porque não corríamos mais perigo. E então você trouxe ela outra vez.
- É verdade, queremos ela fora da cidade!
- Emma, o que eles estão falando? - Olhei pra Emma que não disse nada.
Um monte deles veio pra cima de mim. Estavam se aproximando e fechando um círculo. Minha visão estava turva, minhas pernas a qualquer momento iam vacilar. Eu suava frio. Levei a mão ao ouvidos na intenção de não conseguir mais ouvi-los. Ergui as mãos novamente e gritei:
- PAREM! - Ao erguer minha visão vi alguns deles caídos do outro lado da rua. Outros estavam suspensos no ar. - Emma?
- Regina, abaixa a mão. Por favor.
Olhei para minhas filhas e o olhar delas mostrava medo e pavor. Abaixei as mãos, e corri outra vez para os braços de Emma que me acolheu. Minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento, memórias iam e vinham. Ao olhar para os olhos de Emma tive outro flesh: Eu estava junto ao tio Gold no meio de uma floresta, havia uma mulher e eu arranquei o coração dela e o esmaguei com minhas próprias mãos.
- Emma me leva daqui!
Emma me levou para a casa dela, disse que iria colocar as crianças para dormir e pediu para que eu fosse me deitar em seu quarto.
Já no quarto de Emma preparei um banho para me livrar de toda essa loucura. Ah água da banheira me acalmava, levei a cabeça para trás e me afundei por completa na mesma deixando apenas meus pés fora d'água.- Regina! - Subi para fora d'água e encotrei Henry. - Você está bem?
- Não, mas vou ficar. Não se preocupe querido. - Sorri pra ele que retribuiu.
- Vou deixar um dos meus livros favoritos sobre a cama, ele sempre me deixa feliz. Leia depois.
- Claro, eu irei ler.
O garoto saiu do banheiro e eu voltei ao me afundar na água. Os dois fleshs que eu havia tido giravam e dançavam com uma música lenta em minha cabeça me atormentando. Eu estava confusa e com medo, não sabia o que deveria fazer, ou o que estava acontecendo.
Ao acabar o banho, me sequei e penteie meu cabelo. Vesti uma roupa que Emma havia deixado sobre a cama pra mim. Olhei sobre a cama e encontrei o livro que Henry havia deixado. Era um livro comprido de capa marrom, a textura era parecida com couro, o título escrito por uma tinta dourada, dizia: Once Upon a Time. Me sentei sobre a cama e segurei o livro, um pequeno choque percorreu toda extensão do meu braço fazendo com que eu soltasse o livro sobre a cama.
Resolvi deixar o livro por ali e sai do quarto de Emma. Ao passar pela porta do quarto de hóspedes ouvi Emma falando com as gêmeas, parei e fiquei frente a porta para poder escutar melhor o que falavam.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Recomeço - SwanQueen
FanfictionRegina estava cansada de sua vida em Storybrooke. Seu filho já não a amava mais. Por todos os lados era intitulada como rainha má. E pra piorar amava a mulher que a desprezava. Era martirizada por todos a sua volta pelo seus erros do passado, os últ...